Mercado de venture capital reduz espaço para MBAs e busca perfis técnicos

21 de setembro de 2025 — O caminho tradicional que liga os cursos de MBA ao mercado de venture capital continua ativo, mas já não é tão sólido quanto no passado, apontam dados da PitchBook e pesquisa acadêmica recente.

Em 2024, a Harvard Business School colocou 50 dos seus 1.004 formandos em funções de investimento em capital de risco, com salário inicial mediano de US$ 177.500. A Stanford Graduate School of Business destinou cerca de 30 formandos ao mesmo setor, apesar de contar com uma turma menor. Somados, mais de 10 mil ex-alunos de Harvard, Stanford e Wharton ocupam hoje cargos de liderança em firmas de venture capital nos Estados Unidos, segundo a PitchBook.

A participação de profissionais com MBA, no entanto, vem encolhendo. Pesquisa conduzida pelo professor Ilya Strebulaev, de Stanford, mostra que 44% dos investidores de meio de carreira possuíam MBA no início dos anos 2000; atualmente, o percentual caiu para 32%.

De acordo com Strebulaev, a mudança decorre da expansão do venture capital para setores como inteligência artificial e hardware, nos quais experiência técnica é mais valorizada que o diploma de negócios. “Há menos apetite por MBAs neste momento”, confirma o headhunter Will Champagne, ouvido pela PitchBook.

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Imagem: Internet

Apesar da retração na demanda, o interesse dos estudantes permanece alto. O clube de venture capital de Stanford conta com 600 participantes, dentro de um universo de aproximadamente 850 alunos de MBA no campus. O investimento para cursar um MBA em escolas de elite supera os US$ 200 mil.

Com informações de TechCrunch

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