Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (25) o desbloqueio dos perfis da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e de seus familiares em diversas plataformas digitais.
As contas de Zambelli, de seu filho, João Zambelli, e de sua mãe, Rita Zambelli, haviam sido suspensas em 4 de junho de 2025, poucos dias depois de a parlamentar deixar o país para evitar o cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No despacho, Moraes afirmou que, “no atual momento processual, não há necessidade da manutenção dos bloqueios”, devendo ser excluídas apenas as publicações consideradas ilícitas que motivaram a medida. O ministro advertiu que a reincidência na divulgação de conteúdos que atentem contra o Estado democrático de Direito acarretará multa de R$ 20 mil para cada perfil investigado.
Plataformas abrangidas
O desbloqueio alcança perfis nas seguintes redes: Gettr, serviços da Meta, LinkedIn, TikTok, X (antigo Twitter), Telegram e YouTube.
Condenação e fuga
Em maio, a Corte condenou Zambelli à perda do mandato e a dez anos de prisão por ter, segundo o processo, coordenado com o hacker Walter Delgatti Neto a invasão ao sistema do CNJ. Delgatti também foi sentenciado.
Imagem: Internet
Durante a ação, Delgatti teria produzido uma falsa ordem de prisão contra Moraes, supostamente a pedido da deputada. Zambelli nega participação na elaboração do documento e afirma ter tomado conhecimento da invasão apenas após o ocorrido, embora o arquivo tenha sido localizado em seus dispositivos.
Após a condenação, a deputada deixou o Brasil, passando por Argentina e Estados Unidos antes de chegar à Itália, onde foi presa no fim de julho. Ela segue detida em um presídio de Roma enquanto aguarda decisão sobre seu processo de extradição.
Com informações de Folha de S.Paulo
