São Francisco, 4 de outubro de 2025 – O diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, anunciou que o aplicativo de criação de vídeos Sora receberá novos mecanismos de proteção de propriedade intelectual baseados em autorização prévia (“opt-in”) e com configurações detalhadas para cada detentor de direitos.
Em publicação no blog da empresa nesta sexta-feira (4), Altman afirmou que os estúdios, agências e demais proprietários de conteúdo poderão definir exatamente como seus personagens poderão — ou não — aparecer em vídeos gerados pela plataforma. A mudança marca uma guinada em relação à orientação inicial revelada pelo The Wall Street Journal, segundo a qual os detentores de IP teriam de manifestar objeção explícita (“opt-out”) para evitar o uso de suas criações.
Novo modelo segue reclamações de uso indevido
Lançado esta semana em regime de convite, o Sora chegou rapidamente ao topo da App Store. Entre os recursos mais comentados está a possibilidade de o usuário enviar dados biométricos para inserir sua própria aparência em vídeos gerados por IA. O mesmo ambiente permitiu que fãs criassem produções com personagens de grandes estúdios, como Pikachu ou Bob Esponja, muitas vezes em situações que questionam a postura da OpenAI sobre direitos autorais.
“Estamos ouvindo muitos detentores de direitos que veem valor nesse novo tipo de fan-ficção interativa, mas que desejam especificar como seus personagens podem ser usados — inclusive a opção de proibir totalmente”, escreveu Altman.
Monetização e divisão de receita
Altman também revelou um segundo ajuste: a criação de algum formato de monetização direta para vídeos produzidos no Sora. Até então, a empresa apenas cogitava cobrar do usuário em períodos de alta demanda. Agora, o executivo reconhece que “precisaremos, de alguma forma, gerar receita com a criação de vídeos” e sinaliza que parte desses ganhos poderá ser compartilhada com os detentores de direitos.
Imagem: Getty
Mesmo com a adoção do opt-in, o chefe da OpenAI admitiu que “casos de exceção” podem escapar aos filtros. A empresa não detalhou quando os novos controles e o modelo de remuneração entrarão em vigor.
Com informações de TechCrunch
