A startup israelense Onfire, criada por ex-integrantes da Unidade 8200 das Forças de Defesa de Israel, anunciou a captação de US$ 20 milhões para expandir sua plataforma que identifica, em fóruns públicos, a intenção de compra de ferramentas por desenvolvedores de software.
O montante engloba uma Série A de US$ 14 milhões, liderada pelos fundos locais Grove Ventures e TLV Partners. Também participaram a IN Venture — braço de investimentos da japonesa Sumitomo Corporation — e o fundo LeumiTech77, criado para marcar o 77º aniversário de Israel.
A solução da Onfire monitora conversas em sites como Hacker News, Reddit e Stack Overflow, cruza esses dados com ciclos de orçamento e, por meio de inteligência artificial, aponta quais empresas empregam os participantes e quem decide compras de tecnologia. O objetivo é permitir que equipes de vendas B2B abordem os potenciais clientes no momento mais oportuno, com mensagens ajustadas ao contexto.
Desde o lançamento beta, há 12 meses, a plataforma ajudou clientes a fechar mais de US$ 50 milhões em negócios, segundo a empresa. Entre os primeiros usuários estão ActiveFence, Aiven, Cyera, Port e Spectro Cloud, além de outras fornecedoras de soluções de dados, cibersegurança, FinOps e observabilidade.
O time fundador é formado pelo CEO Tal Peretz, pelo CTO Shahar Shavit e pela CPO Nitzan Hada. O trio afirma ter entrevistado 275 líderes de receita antes de escrever a primeira linha de código, concluindo que a maioria das empresas de software de infraestrutura ainda depende majoritariamente de vendas diretas, mas sofre com excesso de abordagens genéricas geradas por IA.
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A Onfire aposta em um “motor de dados” como diferencial ante ferramentas de CRM tradicionais, como Salesforce e HubSpot. “Começamos como uma empresa orientada a dados e só depois adicionamos o motor de IA”, disse Peretz à TechCrunch.
Com o novo aporte, a companhia pretende ampliar as equipes de IA, P&D e vendas. Cerca de 60% do quadro de funcionários está em Israel, onde fica o núcleo de desenvolvimento, enquanto a operação de go-to-market é conduzida em Nova York — mercado que a startup considera prioritário.
Com informações de TechCrunch


