A pesquisa Genial Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao patamar de janeiro. Segundo o levantamento, aprovação e reprovação do governo estão tecnicamente empatadas.
Os dados chegam após uma série de episódios políticos que, segundo analistas, colaboraram para a retomada de fôlego do Palácio do Planalto. Entre eles, a conversa de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois da crise provocada pelo “tarifaço” — iniciativa atribuída a parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e considerada um tiro no próprio pé do bolsonarismo.
Influência dos adversários
O comentarista Josias de Souza afirma que Lula tem uma “dívida impagável” com seus opositores, responsáveis por fornecer “deixas” que permitiram a reação do petista na segunda metade do seu terceiro mandato. A jornalista Carla Jimenez avalia que o levantamento indica que Lula “saiu das cordas” e identifica um eleitorado majoritariamente feminino, interessado em “mais democracia e menos anistia”.
Eleitor “nem-nem” ganha destaque
De acordo com o colunista Leonardo Sakamoto, a melhora na avaliação do governo se deve principalmente ao eleitor “nem-nem” — aquele que não se declara nem petista nem bolsonarista. Outro colunista, Reinaldo Azevedo, aponta que a diferença entre reprovação e aprovação do governo caiu 16 pontos percentuais nos últimos cinco meses.
Alerta sobre triunfalismo
Apesar do cenário mais favorável, o jornalista Ricardo Kotscho adverte que não é momento para o presidente “subir no salto alto”. Ele lembra que ainda há “muito jogo a ser jogado” até as eleições de 2026, quando Lula poderá tentar a reeleição.

Imagem: Internet
Lula foi fotografado em 23 de setembro acenando na chegada à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. O gesto simbólico marcou a fase em que, segundo especialistas, as ações de adversários contribuíram para a recuperação da imagem presidencial.
Com informações de UOL