Governo dos EUA inicia demissões em massa e Trump ameaça tarifas de 100% contra a China

Demissões de servidores federais começaram nesta sexta-feira (10) nos Estados Unidos, em meio ao impasse que mantém o governo parcialmente fechado há quase três semanas. A Casa Branca informou que os cortes seguem o procedimento de reduction-in-force (RIF) e são “substanciais”. Segundo o presidente Donald Trump, “serão muitas” dispensas, sobretudo em regiões com predominância de eleitores democratas. Sindicatos que representam funcionários públicos ingressaram na Justiça para tentar barrar as demissões.

Pressão sobre democratas

Republicanos usam os cortes para pressionar parlamentares democratas a aprovarem recursos que encerrem o shutdown. O diretor do Escritório de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, confirmou as primeiras demissões em publicação nas redes sociais.

Ameaça de nova escalada comercial

Em paralelo ao conflito interno, Trump reativou a disputa comercial com a China. O presidente prometeu elevar em 100% as tarifas sobre produtos chineses a partir do próximo mês, acusando Pequim de “movimentos muito hostis” para restringir a exportação de terras-raras essenciais à indústria norte-americana. O anúncio derrubou os principais índices de Wall Street e reacendeu temores de uma nova rodada da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo.

Tropas da Guarda Nacional em Memphis

Militares da Guarda Nacional foram vistos patrulhando ruas de Memphis pela primeira vez nesta sexta-feira. A ação faz parte da força-tarefa federal criada por Trump e enfrenta contestação judicial, que já impediu o envio de tropas a Chicago e aguarda decisão sobre Portland, Oregon.

MIT recusa proposta da Casa Branca

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tornou-se a primeira universidade dos EUA a rejeitar formalmente um plano do governo que condiciona mudanças em políticas acadêmicas a acesso preferencial a verbas federais.

Crítica ao Nobel da Paz

A Casa Branca reagiu à decisão do Comitê Nobel norueguês de conceder o Prêmio Nobel da Paz a outro candidato que não Donald Trump. Para Steven Cheung, diretor de Comunicação da presidência, o comitê “coloca política acima da paz”.

Outros destaques do dia

  • Trump realizou o que classificou como exame físico semestral no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed.
  • Cerca de 40 acadêmicos foram demitidos ou punidos após campanhas de direita contra comentários relacionados ao assassinato de Charlie Kirk.
  • Líderes democratas de Nova York manifestaram apoio à procuradora Letitia James, indiciada por fraude hipotecária por um promotor nomeado por Trump.

As medidas do governo acontecem enquanto o impasse orçamentário entra na terceira semana, sem previsão de acordo no Congresso.

Com informações de The Guardian

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