DHS remaneja centenas de especialistas da CISA para reforçar operações de deportação nos EUA

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) está deslocando centenas de servidores da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestruturas (CISA) para apoiar a ofensiva migratória do governo Donald Trump. Funcionários que se recusarem a cumprir a determinação poderão ser demitidos, segundo publicações norte-americanas.

A agência Bloomberg informou na quarta-feira (10) que parte dos remanejados foi enviada para o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e para a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Outros profissionais foram direcionados ao Serviço Federal de Proteção, unidade policial que atua em conjunto com ICE e CBP em deportações.

Áreas afetadas

A medida atinge principalmente servidores dos departamentos Capacity Building, responsável por fortalecer a segurança cibernética de órgãos federais, e Stakeholder Engagement, que mantém parcerias internacionais da CISA.

Contexto

A política migratória é uma das prioridades da administração Trump desde janeiro e recebeu, em julho, autorização do Congresso para US$ 150 bilhões em recursos públicos. O montante financia, entre outras ações, tecnologias de vigilância e bancos de dados para rastrear milhões de pessoas no país.

O remanejamento ocorre em meio a uma série de incidentes cibernéticos que afetam empresas e órgãos federais. Nas últimas semanas, um grupo de língua inglesa furtou dados de dezenas de companhias que utilizam bancos de dados Salesforce; hackers russos acessaram documentos sigilosos do sistema judiciário federal; e uma falha no SharePoint permitiu invasões em vários departamentos, inclusive no responsável pela segurança do arsenal nuclear dos EUA.

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Imagem: Getty

Posicionamento oficial

Em nota enviada por e-mail, a secretária-assistente do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que o órgão “realinha rotineiramente” seu efetivo para atender às prioridades da missão e garantir continuidade de operações. “Qualquer ideia de que o DHS está despreparado para enfrentar ameaças é absurda”, declarou.

A dirigente, contudo, não esclareceu se as vagas deixadas na CISA serão repostas ou permanecerão em aberto.

Com informações de TechCrunch

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