Trégua entre Israel e Hamas chega ao terceiro dia antes de troca de reféns e visita de Trump

A trégua entre Israel e Hamas manteve-se pelo terceiro dia consecutivo neste domingo (12), na Faixa de Gaza, enquanto se aguarda para segunda-feira a libertação de reféns israelenses e de prisioneiros palestinos, além da chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Jerusalém.

Segundo carta enviada às famílias dos cativos pelo coordenador israelense para os reféns, Gal Hirsch, a libertação deve começar ao meio-dia de segunda (13). O acordo prevê que o Hamas entregue os últimos sequestrados capturados em 7 de outubro de 2023, data do ataque que deu início à guerra.

Hirsch informou ainda que será criado um grupo de trabalho para localizar os corpos de reféns que o Hamas não consiga encontrar. Dos 48 sequestrados, 20 permanecem vivos.

Troca de prisioneiros

O Serviço Penitenciário de Israel transferiu detentos palestinos para outras unidades em preparação para a libertação. A lista divulgada pelo Ministério da Justiça israelense inclui 250 palestinos condenados por assassinato e outros crimes graves. Além deles, deverão ser soltos 1.700 palestinos detidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, 22 menores palestinos e os corpos de 360 militantes.

Nomes de altos comandantes do Hamas, bem como de figuras como Marwan Barghouti e Ahmed Saadat, não constam da relação, mas o fato não deve comprometer o acordo.

Visita de Trump

Trump desembarca na segunda-feira em Israel para discursar no Knesset e, em seguida, viajará a Sharm el-Sheikh, no Egito, onde participará de uma cúpula com líderes mundiais sobre o fim do conflito em Gaza. No sábado, seus enviados Steve Witkoff e Jared Kushner falaram a manifestantes em Tel Aviv, que esperam ser o último ato público pela libertação dos reféns.

Situação em Gaza

Milhares de palestinos caminham de volta ao norte, em direção à Cidade de Gaza, na expectativa de que a trégua marque o fim dos combates. “Há muita alegria, mas também estamos exaustos após dois anos de guerra”, disse Abdou Abu Seada.

Quem retorna encontra destruição generalizada e o risco de artefatos não detonados. O coordenador de organizações de ajuda Amjad Al Shawa calcula que sejam necessárias 300 mil barracas para abrigar 1,5 milhão de deslocados.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que, depois da devolução dos reféns, o Exército irá destruir túneis subterrâneos construídos pelo Hamas em Gaza.

“Não podíamos acreditar na destruição que vimos”, contou Rami Mohammad-Ali, que caminhou 15 quilômetros de Deir al-Balah até a Cidade de Gaza com o filho. “Estamos felizes por voltar, mas ao mesmo tempo é amargo ver tantos destroços.”

Com informações de Reuters

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