São Francisco, 9 de outubro de 2025 — A firma de capital de risco Andreessen Horowitz (a16z) refutou nesta quinta-feira (9) informações divulgadas por veículos indianos que afirmavam a abertura de um escritório em Bengaluru.
De acordo com as publicações, a16z estaria em fase de contratação de um sócio local para liderar a operação no país. Horas depois, o general partner Anish Acharya negou a informação em postagem na rede X. “Por mais que eu adore a Índia e seus fundadores e investidores impressionantes, isso é totalmente fake news!”, escreveu.
Procurada, a assessoria de imprensa da Andreessen Horowitz confirmou a declaração de Acharya e indicou que não há planos para uma unidade física no mercado indiano.
Recuo em expansão internacional
A negativa ocorre num momento em que a companhia revisa sua estratégia global. No início de 2025, a16z decidiu encerrar o escritório de Londres, inaugurado em 2023 após anos de cortejo do governo britânico. A empresa justificou a decisão citando mudanças estratégicas e um ambiente regulatório mais favorável nos Estados Unidos, embora afirme continuar investindo fora do país por meio de equipes remotas e redes locais. Scouts ligados ao fundo seguem atuando na Europa.
Foco limitado na Índia
Ao contrário de concorrentes norte-americanos como Accel, General Catalyst e Lightspeed Venture Partners, a16z ainda não mantém presença robusta na Índia. O principal aporte do fundo no país foi na exchange de criptomoedas CoinSwitch, que levantou US$ 260 milhões em 2021. Depois disso, especulou-se que o fundo destinaria cerca de US$ 500 milhões a startups indianas, mas nenhum investimento relevante foi anunciado.

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Em palestra na Stanford Graduate School of Business, o cofundador Marc Andreessen já havia destacado as dificuldades de expandir um fundo de venture capital para diversos países, descrevendo o investimento como um processo “muito prático” de conhecer e acompanhar de perto os empreendedores.
A Andreessen Horowitz administra mais de US$ 35 bilhões em ativos e possui participações em empresas como Airbnb, Coinbase e Facebook.
Com informações de TechCrunch