Otter.ai lança pacote corporativo e mira ser base de conhecimento de reuniões

A Otter.ai divulgou nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, um novo conjunto de ferramentas voltado a empresas, marcando a próxima etapa do plano do CEO Sam Liang de transformar a startup em mais do que um simples gerador de atas de reuniões.

Instalada no Vale do Silício desde 2016, a companhia apresentou funcionalidades que conectam os dados captados em reuniões a um repositório central, permitindo que diferentes equipes aproveitem as informações registradas. “Estamos evoluindo de um tomador de notas para uma base de conhecimento corporativa”, afirmou Liang. “Este passa a ser o sistema oficial das conversas, capaz de impulsionar o crescimento e gerar valor mensurável para os negócios.”

Novidades técnicas

O pacote inclui:

  • API de integrações: possibilita conectar o conteúdo das reuniões a plataformas como Jira e HubSpot;
  • Servidor MCP: faz a ponte entre os dados da Otter e modelos externos de inteligência artificial;
  • Agente de IA: realiza buscas em anotações e apresentações armazenadas pela empresa.

Liang argumenta que a maioria do conhecimento interno está nas reuniões — desde chamadas de vendas a discussões estratégicas — e que a falta de um centro único de informações gera retrabalho. O executivo diz que o sistema traz permissões configuráveis, permitindo restringir transcrições de temas sensíveis.

Mercado competitivo e questões de privacidade

O crescimento da Otter.ai ocorre em meio à proliferação de concorrentes impulsionados pelo boom da IA iniciado em 2022, como Granola, Circleback e Fireflies. Embora reconheça o aumento da disputa, Liang vê o novo posicionamento como um diferencial.

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Imagem: Getty

A coleta de conversas, porém, levanta preocupações. Transcrições captam também comentários informais, e a empresa enfrenta uma ação coletiva aberta em agosto que a acusa de gravar diálogos privados sem consentimento para treinar seus modelos. O CEO disse não poder tratar do processo especificamente, mas afirmou que o problema atinge “todas as ferramentas de anotação de reuniões” e defendeu que “mais acesso à informação é melhor do que menos”.

Mesmo com o litígio em andamento, Liang mantém a aposta de que a presença da IA dentro das reuniões será essencial para o futuro do trabalho colaborativo.

Com informações de TechCrunch

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