Roy Lee, cofundador da Cluely, afirmou que fundadores de startups precisam se dedicar mais a estratégias de viralização para ganhar espaço no mercado. A declaração foi feita durante o Disrupt 2025, evento realizado entre 27 e 29 de outubro em San Francisco.
“Se você não está em deep tech, precisa focar intensamente em distribuição”, disse Lee ao público. O executivo alertou, porém, que nem todos têm perfil para produzir conteúdos que ganham tração nas redes. “Quem é bom de engenharia normalmente não é engraçado e não vai criar conteúdo, porque não tem isso no sangue. Na prática, a maioria não tem chance de viralizar”, afirmou.
Assistente de IA ajudou a atrair holofotes
A Cluely ganhou notoriedade em abril, quando seu assistente de inteligência artificial viralizou ao alegar oferecer janelas “indetectáveis” que permitiriam colar em qualquer situação. Serviços de monitoramento rapidamente provaram o contrário, mas, ainda assim, a exposição rendeu à empresa US$ 15 milhões em investimentos da Andreessen Horowitz e alto destaque em um segmento já saturado de assistentes de IA.
Lee atribui o sucesso à capacidade de gerar polêmica. “Sou particularmente bom em me posicionar de forma controversa. Tudo que faço de diferente passo pelo filtro da minha voz, que irrita muita gente”, afirmou no palco.
“Atenção é a única moeda”
Para o empreendedor, o cenário atual das redes sociais valoriza quem consegue chamar a atenção a qualquer custo. “Reputação é coisa do passado. Você pode tentar ser o New York Times, mas hoje temos Sam Altman comentando sobre ‘caras bonitos’ e Elon Musk enlouquecendo na timeline”, declarou. “Você precisa ser extremo, autêntico e pessoal.”
Imagem: Internet
Questionado sobre números de receitas ou de usuários, Lee se recusou a divulgar dados. “Aprendi que nunca se deve compartilhar faturamento: se vai bem, ninguém comenta; se vai mal, todo mundo fala. Estamos melhores do que eu esperava, mas não somos a empresa que mais cresce na história”, resumiu.
Com informações de TechCrunch


