Hackers estatais ficaram quase um ano dentro da rede da Ribbon, diz documento nos EUA

A empresa norte-americana de telecomunicações Ribbon Communications informou que agentes patrocinados por um governo obtiveram acesso não autorizado à sua rede de TI por cerca de 11 meses, somente detectado recentemente. A revelação consta de um formulário 10-Q enviado na última semana à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

De acordo com o documento, a intrusão começou em dezembro de 2024. Após identificar a atividade suspeita, a companhia acionou as autoridades e concluiu que os invasores já foram removidos do ambiente interno.

Sediada no Texas, a Ribbon fornece serviços de telefonia, redes e internet para empresas, operadoras e organizações de infraestrutura crítica, como setores de energia e transporte. Entre seus clientes estão centenas de companhias, incluindo corporações listadas na Fortune 500 e órgãos do governo norte-americano, como o Departamento de Defesa.

A agência Reuters divulgou o incidente primeiro. Em resposta, a porta-voz Catherine Berthier confirmou que três clientes foram afetados, mas não revelou seus nomes por motivos de confidencialidade.

Arquivos acessados em laptops

O relatório entregue à SEC indica que ainda não há confirmação sobre o roubo de dados pessoais ou informações sensíveis de clientes corporativos. Entretanto, registros guardados fora da rede principal, em dois laptops, foram acessados pelos invasores. Os clientes impactados já foram notificados.

A empresa não atribuiu publicamente o ataque a um país específico e, segundo Berthier, a investigação interna continua sem previsão de conclusão.

Setor de telecom sob pressão

A Ribbon junta-se a uma série de operadoras violadas nos últimos dois anos. Grupos apoiados pela China, por exemplo, já comprometeram mais de 200 empresas de telefonia e internet nos Estados Unidos e no Canadá, buscando registros de chamadas de autoridades norte-americanas. Entre as vítimas confirmadas estiveram AT&T, Verizon e Lumen. Um dos coletivos responsáveis, conhecido como Salt Typhoon, é apontado por autoridades dos EUA como parte de uma campanha plurianual ligada a interesses estratégicos em Taiwan.

Com informações de TechCrunch

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