Alunos, ex-alunos, funcionários e parceiros da Universidade da Pensilvânia (Penn) receberam, na manhã desta sexta-feira (31), uma série de e-mails enviados por invasores que se passaram pela Graduate School of Education (GSE) da instituição.
As mensagens, disparadas a partir de diferentes endereços @upenn.edu, afirmavam que a universidade possui “práticas de segurança terríveis”, admitiam violações de normas federais como a FERPA e prometiam divulgar dados confidenciais. Em tom de protesto, os hackers também pediam que ex-alunos deixassem de fazer doações à Penn.
Resposta da universidade
O porta-voz da Penn, Ron Ozio, confirmou por e-mail que a equipe de resposta a incidentes está atuando no caso. “Um e-mail fraudulento foi distribuído como se viesse da Graduate School of Education. Trata-se de uma falsificação, e nada do conteúdo ofensivo reflete a missão ou as ações da universidade”, declarou.
Motivação política e financeira
O ataque ocorre poucos dias após a Penn recusar uma proposta da Casa Branca que condicionava repasses federais a mudanças alinhadas à agenda do governo Trump. O “Compact for Academic Excellence in Higher Education” exigia, entre outros pontos:
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- Fim da ação afirmativa em contratações e admissões;
- Congelamento das mensalidades por cinco anos;
- Ensino gratuito para cursos de ciências exatas;
- Limite de 15% para matrículas de estudantes estrangeiros na graduação;
- Obrigatoriedade de testes padronizados, como o SAT, no processo seletivo;
- Políticas que marginalizam alunos transgênero e não binários.
Em carta à secretária de Educação, Linda McMahon, o presidente da Penn, J. Larry Jameson, afirmou que as condições do pacto “privilegiam apenas o pensamento conservador” e ferem “a diversidade de pontos de vista e a liberdade de expressão essenciais à democracia”.
Com informações de TechCrunch


