Chefe do Instagram nega que aplicativo use microfone dos usuários para direcionar anúncios

O chefe do Instagram, Adam Mosseri, publicou na quarta-feira (1º de outubro de 2025) um vídeo em sua conta pessoal para refutar o rumor de que a Meta, controladora da rede social, ativa secretamente o microfone dos celulares para escutar conversas e, assim, exibir anúncios mais precisos.

Mosseri afirmou que o sistema de recomendação da empresa já é capaz de alcançar alto nível de precisão sem recorrer à captação de áudio. Segundo ele, se o aplicativo estivesse gravando, o usuário perceberia indicadores visuais de microfone ativo na tela e também notaria maior consumo de bateria.

Por que os anúncios parecem tão certeiros?

De acordo com o executivo, a principal razão está no compartilhamento de dados entre anunciantes e a Meta. As empresas divulgadoras informam à plataforma quem visitou seus sites, e o algoritmo cruza esses dados com perfis de interesses semelhantes para apresentar publicidade relevante. Essa prática, combinada a sistemas de aprendizado de máquina, sustenta o modelo de negócios da companhia há anos.

Novo passo: dados de interações com IA

A Meta planeja ampliar o volume de informações usadas para segmentação a partir de 16 de dezembro, quando uma nova política de privacidade entrará em vigor em vários mercados. O documento permitirá que dados gerados em conversas com produtos de inteligência artificial — como o chatbot Meta AI — passem a alimentar o mecanismo de anúncios. Para Mosseri, essa fonte deve tornar a segmentação ainda mais precisa, dispensando qualquer necessidade de áudio ambiente.

Negações anteriores

O rumor de escuta clandestina circula desde pelo menos 2016, ano em que a então Facebook publicou um texto negando a prática. Em 2018, o presidente-executivo Mark Zuckerberg reiterou a negativa durante depoimento ao Congresso dos Estados Unidos.

Chefe do Instagram nega que aplicativo use microfone dos usuários para direcionar anúncios - Imagem do artigo original

Imagem: Getty

Mosseri reconheceu que coincidências e fatores psicológicos também contribuem para a impressão de “anúncios que leem mentes”. “Você pode ter visto um anúncio rapidamente antes da conversa e não se lembrado”, explicou.

Com a nova estratégia de uso de IA, a empresa reforça que continuará sem acessar o microfone dos aparelhos para fins de publicidade.

Com informações de TechCrunch

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