Aeroportos e transporte público viram foco de disputa entre empresas de robotáxis, mostra boletim TechCrunch Mobility

O boletim semanal TechCrunch Mobility aponta que a corrida pela viabilidade comercial dos veículos autônomos deixou de ser um “sprint” entre concorrentes e se transformou em uma série de frentes estratégicas. Duas delas ganham destaque: a oferta de corridas em aeroportos e a integração dos robotáxis às redes de transporte público.

Waymo avança em aeroportos da Califórnia

A Waymo, que já opera viagens de e para o Aeroporto Sky Harbor, em Phoenix, recebeu autorização para testar seus veículos autônomos no Aeroporto Internacional de São Francisco. A permissão foi concedida duas semanas após a liberação para testes no Aeroporto Mineta San José. A companhia pretende iniciar serviço comercial nos dois terminais e enfrenta a Tesla, que também busca espaço no transporte de passageiros em aeroportos californianos.

Robotáxis dentro do transporte municipal

A Waymo firmou acordo com a Via, desenvolvedora de software para operadores de transporte público. Municípios que utilizam a plataforma da Via poderão incluir robotáxis da Waymo em suas frotas on-demand. O primeiro caso será em Chandler, subúrbio de Phoenix, onde usuários do serviço Chandler Flex poderão chamar um carro autônomo pelo app da Waymo por até US$ 2. A empresa reconhece que, a curto prazo, o modelo não deve gerar lucro, mas aposta em volume de corridas; a Via espera replicar o projeto em “centenas de cidades”, segundo o CEO Daniel Ramot.

Investimentos em tecnologia autônoma

A britânica Wayve, que no ano passado levantou US$ 1,05 bilhão em rodada Série C, negocia a Série D. Em carta de intenção, a Nvidia disse considerar investimento estratégico de US$ 500 milhões. O CEO Alex Kendall afirmou que a conclusão da captação “está avançando rapidamente”, sem revelar datas.

Rodadas e acordos que chamaram atenção

Divergent Technologies levantou US$ 290 milhões (US$ 40 milhões em dívida) e agora foca produção de componentes militares, incluindo peças de mísseis, após contratos com Lockheed Martin, RTX e General Dynamics.

EV Realty captou US$ 75 milhões liderados pela NGP para ampliar hubs de recarga de caminhões na Califórnia.

Moove, fintech africana de financiamento veicular apoiada pela Uber, busca mais de US$ 300 milhões, segundo a Bloomberg, mirando valuation acima de US$ 2 bilhões.

XL Batteries, de Massachusetts, obteve US$ 7,5 milhões da Merrin Investors para sua tecnologia de baterias de fluxo voltada a armazenamento de energia.

Montadoras e mobilidade elétrica

A Hyundai Motor Group quer elevar vendas anuais de 4,17 milhões em 2025 para 5,55 milhões em 2030. O plano inclui investir US$ 2,7 bilhões na expansão da fábrica Metaplant America, na Geórgia, e lançar 18 híbridos até 2030. A meta é que veículos eletrificados somem 60% das vendas globais (3,3 milhões de unidades).

A Rivian iniciou oficialmente as obras de sua fábrica próxima a Atlanta.

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Imagem: Getty

A Stellantis cancelou a produção da picape totalmente elétrica Ram 1500 REV devido à demanda inferior ao esperado, mas manterá a versão híbrida de autonomia estendida, agora rebatizada de Ram 1500 REV.

Segurança e recalls

A Tesla reformulará as maçanetas do Model Y após a agência de segurança viária dos EUA (NHTSA) abrir investigação por risco de travamento. Na Austrália, a empresa recolheu baterias Powerwall 2 após relatos de incêndios que causaram danos menores a propriedades.

Outros movimentos no setor

O Uber iniciará testes de drones para entregas Uber Eats em mercados dos EUA ainda este ano, em parceria com a israelense Flytrex.

A Waymo planeja lançar serviço comercial de robotáxis em Nashville em 2026 e fará parceria com a Lyft para ampliar o alcance.

O cofundador e CEO da Wayve, Alex Kendall, participará do TechCrunch Disrupt 2025, agendado para 27 a 29 de outubro no Moscone West, em São Francisco.

As iniciativas evidenciam que, mais do que número de cidades atendidas, o domínio de aeroportos e a inserção nos sistemas de transporte público podem definir quem assumirá a dianteira no mercado de robotáxis.

Com informações de TechCrunch

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