Levantamento do Monitor do Debate Político, do Cebrap/USP, em parceria com a ONG More in Common, indica que as manifestações deste domingo (21) contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia reuniram praticamente o mesmo número de pessoas que os atos bolsonaristas de 7 de Setembro no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Rio de Janeiro
Em Copacabana, a média de público foi calculada em 41,8 mil pessoas, com variação entre 36,8 mil e 46,8 mil ao longo da tarde. Na mesma orla, em 7 de Setembro, o monitor registrara média de 42,7 mil participantes no ato pró-Bolsonaro, taxa considerada equivalente diante da margem de erro de 12% informada pelo Cebrap.
O ato deste domingo ocorreu em frente ao posto 5 e ocupou cerca de cinco quarteirões da avenida Atlântica. Shows de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil funcionaram como atração, atraindo público que começou a chegar por volta de 12h. O pico de presença foi às 16h, e o evento se encerrou por volta das 18h. A tarde de calor intenso provocou mal-estars em pelo menos quatro pessoas, atendidas pela organização.
São Paulo
Na capital paulista, o monitor computou 42,4 mil manifestantes na avenida Paulista, com oscilação de 37,3 mil a 47,5 mil entre 14h10 e 16h06 — este último o horário de maior concentração. Em 7 de Setembro, no mesmo ponto em frente ao Masp, haviam sido estimadas 42,2 mil pessoas (variação de 37,1 mil a 47,3 mil).
Organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, o ato ocupou cerca de oito quarteirões sob sol forte e posterior chuva rápida. Discursos começaram às 14h30, seguidos de apresentações de Otto, Leoni, Emicida e Rashid até o término, próximo das 18h. Estações de metrô registraram filas desde 13h, horário em que os manifestantes passaram a lotar a via.
Imagem: Internet
Metodologia
As contagens foram realizadas por meio de imagens aéreas captadas por drones em horários distintos. Em Copacabana, houve registros às 14h, 14h30, 15h, 15h45, 16h, 16h45 e 17h30; na Paulista, às 14h10, 14h45, 15h22 e 16h06. O Cebrap ressalta que todos os números estão sujeitos a margem de erro de 12%.
Com informações de Folha de S.Paulo
