Brasil, Espanha, Chile, Colômbia e Uruguai realizam, na próxima semana, um evento paralelo à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para discutir estratégias de fortalecimento da democracia e combate a extremismos.
A iniciativa repete formato adotado em 2024, mas, desta vez, os Estados Unidos não foram convidados. De acordo com auxiliares dos cinco países, a possibilidade de participação norte-americana sequer chegou a ser cogitada, e o governo do presidente Donald Trump também não sinalizou interesse em estar presente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para Nova York às 10h de domingo, 21 de setembro. Na terça-feira, 23, Lula fará o tradicional discurso de abertura da Assembleia Geral.
No encontro do ano passado, representantes dos EUA – então sob a administração do democrata Joe Biden – compareceram à reunião intitulada “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”. Em julho deste ano, os cinco países já haviam promovido uma prévia das discussões em Santiago, no Chile.
A exclusão de Washington ocorre em meio a um período de tensão entre Brasil e Estados Unidos. A administração Trump impôs tarifas de 50% sobre vários produtos brasileiros, alegando que a Justiça do Brasil estaria perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do republicano. Em 11 de setembro, Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe após perder as eleições de 2022. Após a sentença, autoridades norte-americanas anunciaram a possibilidade de novas sanções contra o Brasil.

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O encontro em Nova York deve reunir autoridades dos cinco países para debates fechados, à margem das atividades oficiais da ONU.
Com informações de G1






