O site norte-americano GameSpot publicou uma análise detalhada de Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2, aguardado RPG baseado no universo do jogo de mesa da White Wolf. O veredito indica que a sequência mantém o clima sombrio e adulto do título de 2004, entrega personagens cativantes e mecânicas de combate divertidas, mas tropeça em falhas técnicas e estrutura pouco ambiciosa.
Protagonista veterano e três linhas do tempo
Diferentemente do primeiro Bloodlines, em que o jogador controlava um vampiro recém-criado, a nova trama coloca o público na pele de Phyre, um ancião com cerca de 150 anos a mais que os Estados Unidos. O personagem desperta em Seattle após um século de torpor, impulsionado por sede de sangue e pela voz misteriosa de Fabien, detetive vampiro da década de 1920 que agora divide o mesmo corpo.
A história se desenrola em três períodos distintos, explorando o declínio da Camarilla – a corte vampírica local – e conspirações que envolvem figuras como a ex-príncipe Lou Graham, a atual líder Ryomi, a cirurgiã rebelde Katsumi e a pesquisadora Safia. Segundo o review, o enredo aposta em intrigas políticas e debates sobre liberdade versus segurança, entregues com diálogos eficazes e algum humor.
Personagens marcantes e romances opcionais
O texto destaca a qualidade do elenco, incluindo o Nosferatu Tolly, que lida com a perda da aparência humana após viver os anos 1980 como homem gay. Embora seja possível engatar romances, a funcionalidade é descrita como superficial.
Clãs com peso reduzido, mas poderes variados
Na criação do personagem, o jogador escolhe entre clãs tradicionais como Toreador, Tremere, Brujah, Gangrel e Ventrue. Entretanto, a análise aponta que essa escolha impacta pouco a campanha: diálogos mudam levemente e habilidades exclusivas podem ser destravadas depois, independentemente da seleção inicial.
Phyre começa com telecinese para puxar ou arremessar inimigos e objetos, e pode obter até quatro poderes avançados, como Possess (possessão), Mass Manipulation (controle em área) e golpes que fazem o sangue do alvo ferver. A combinação dessas técnicas, aliada a mecânicas de furtividade, rende batalhas descritas como “extremamente divertidas”.
Exploração ágil, mas conteúdo limitado
A travessia por Seattle inclui saltos longos e um planado que lembra Batman: Arkham City, elogiado pela sensação de velocidade. Apesar disso, o mapa oferece poucas missões secundárias – basicamente entregas e recompensas – e reutiliza os mesmos cenários, o que reduz o incentivo para explorar.

Imagem: Jessica Cogswell
A ambientação da cidade, inspirada em locais reais como Pioneer Square e o subterrâneo histórico, ganha elogios pelo visual detalhado, luzes refletindo na neve e trilha sonora soturna.
Falhas técnicas frequentes
Durante o teste no PlayStation 5, o jogo travou sete vezes; no PC, foram relatados pelo menos dois fechamentos inesperados. Bug que trancou o acesso a uma sala obrigatória impediu o avanço da campanha por dias, resolvido apenas ao carregar um save antigo. O review também cita inimigos desafiando a física, clipping de personagens através de paredes e reação pouco convincente de civis quando a “Máscara” é quebrada.
Conclusão do review
GameSpot resume Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 como um RPG divertido, movido por narrativa forte e fantasias vampíricas poderosas, mas prejudicado por polimento insuficiente, escopo limitado e menor profundidade em comparação a outros títulos modernos.
Com informações de GameSpot