São Francisco (EUA) – 19 de outubro de 2025, 11h56 PDT. A divulgação de supostas conquistas matemáticas do modelo GPT-5 gerou críticas públicas de destacados nomes da inteligência artificial, que classificaram o episódio como “embaraçoso”.
O que aconteceu
Em uma postagem que foi posteriormente apagada, Kevin Weil, vice-presidente da OpenAI, afirmou que o GPT-5 teria encontrado soluções para 10 conjecturas de Erdős até então consideradas sem resposta e avançado em outras 11. As conjecturas, propostas pelo célebre matemático húngaro Paul Erdős, são conhecidas pela alta complexidade.
Reação da comunidade
O anúncio provocou reação imediata. Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta, disse que a OpenAI foi “vítima dos próprios GPTs” ao superestimar o feito. Demis Hassabis, diretor-executivo do Google DeepMind, resumiu a situação em uma frase: “Isso é embaraçoso”.
Contestação dos matemáticos
Thomas Bloom, responsável pelo site Erdos Problems, contestou a afirmação de Weil. Segundo Bloom, as conjecturas citadas aparecem ali apenas porque ele desconhecia qualquer artigo que as resolvesse, não porque fossem problemas ainda em aberto. “O GPT-5 apenas localizou referências que eu não conhecia”, esclareceu.
Ponto de vista interno
Sebastien Bubeck, pesquisador da própria OpenAI que também havia promovido os supostos avanços, reconheceu que o modelo encontrou apenas soluções já existentes na literatura. Mesmo assim, ele sustentou que a habilidade do sistema em rastrear esses trabalhos “é, por si só, um feito considerável”, citando a dificuldade de buscas acadêmicas.
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O episódio reforça o debate sobre a precisão das declarações públicas de grandes laboratórios de IA e a necessidade de verificação independente antes de divulgar conquistas científicas.
Com informações de TechCrunch
