Cientistas da Universidade de Nagoya, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada e a Universidade Waseda, anunciaram uma técnica que aumenta a eficiência de produção de proteínas em Escherichia coli. O estudo foi publicado em 28 de outubro de 2025 na revista RSC Chemical Biology.
A equipe liderada pela professora associada Teruyo Ojima-Kato e pelo professor Hideo Nakano partiu da constatação de que determinadas sequências gênicas provocam estagnação dos ribossomos, reduzindo a síntese de proteínas. Em trabalhos anteriores, o grupo já havia observado que acrescentar ao início das proteínas um peptídeo de quatro aminoácidos — serina, lisina, isoleucina e lisina — diminui esse problema.
Para ampliar a estratégia, os pesquisadores criaram uma biblioteca com 160 000 combinações possíveis de tetrapeptídeos formados pelos 20 aminoácidos naturais. Após triagens laboratoriais, foram identificados novos peptídeos capazes de evitar a paralisação dos ribossomos.
Como testar toda a biblioteca seria inviável manualmente, o grupo desenvolveu um modelo de inteligência artificial baseado em cerca de 250 experimentos iniciais. Em três rodadas de previsão, o algoritmo conseguiu estimar com precisão o potencial de cada um dos 160 000 tetrapeptídeos em acelerar a tradução de proteínas.
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Segundo Ojima-Kato, o método pode ser aplicado à produção em grande escala de enzimas, anticorpos, biocombustíveis e bioplásticos, contribuindo para processos industriais menos dependentes do petróleo.
Com informações de Nanowerk


