Washington, 12 de outubro de 2025 – O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou neste domingo (12) que o governo Trump seguirá recorrendo na Justiça para autorizar o envio de militares da Guarda Nacional a Chicago.
Durante entrevista ao programa “This Week”, da ABC, Vance declarou que a administração federal “vai litigar o quanto for possível” para, segundo ele, garantir a segurança dos cidadãos, “especialmente em Chicago”.
Decisão judicial
No sábado (11), a Corte de Apelações do 7º Circuito manteve a federalização de militares da Guarda Nacional em Illinois, mas vetou temporariamente o seu deslocamento às ruas. A decisão parcial ocorreu dois dias depois de a juíza April Perry, da Corte Distrital do Norte de Illinois, ter proibido por 14 dias a federalização e a mobilização das tropas, classificando como “pouco confiáveis” as descrições de protestos apresentadas pelos advogados do governo.
Posição do estado
O governador de Illinois, JB Pritzker, adversário declarado da medida, celebrou o fato de não haver militares patrulhando Chicago. “Precisamos confiar que os tribunais façam o que é certo”, disse ele, também à ABC.
Contingente e locais de base
Segundo a Associated Press, cerca de 500 integrantes da Guarda Nacional do Texas e de Illinois permanecem no Centro de Reserva do Exército dos EUA em Elwood. Um contingente menor foi deslocado para uma unidade do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em Broadview.

Imagem: Internet
Maratona de Chicago
A disputa judicial ocorre enquanto a cidade recebe a Maratona Bank of America, que neste domingo reúne mais de 53 000 corredores e 1,7 milhão de espectadores. Rumores nas redes sociais sugeriram que a competição poderia ser alvo da operação federal de imigração apelidada de “Operation Midway Blitz”. O ICE, porém, afirmou ao Chicago Sun-Times que não realiza ações em “locais sensíveis” sem circunstâncias extremas, e o Departamento de Parques de Chicago disse não ter recebido qualquer informação sobre a presença de agentes no evento.
Clima de tensão
Chicago e Portland, no Oregon, tornaram-se focos das iniciativas do governo para enviar forças federais a cidades administradas por democratas. Na sexta-feira (10), a jornalista Debbie Brockman, da emissora WGN, foi detida e liberada em seguida durante confrontos entre manifestantes e agentes federais. O Departamento de Segurança Interna alegou que ela teria arremessado objetos contra um veículo da patrulha de fronteira; não há acusações formais.
Com informações de NPR