Cientistas da Universidade da Carolina do Norte anunciaram, em 20 de outubro de 2025, a criação de minúsculos robôs macios em formato de flor feitos de cristais híbridos de DNA e materiais inorgânicos. Essas “flores” se dobram e desdobram em segundos quando detectam mudanças de acidez, imitando movimentos encontrados na natureza.
De acordo com o trabalho publicado na revista Nature Nanotechnology, cada estrutura de DNA funciona como um “programa” molecular que determina como a flor se comporta frente às variações do meio. Quando o pH fica mais ácido, parte do DNA se compacta e faz as pétalas se fecharem; em condições normais, o material relaxa e o dispositivo volta a se abrir.
Segundo a autora sênior e diretora do Freeman Lab, Dr. Ronit Freeman, o objetivo é usar o mesmo princípio para criar cápsulas inteligentes capazes de liberar medicamentos apenas no local afetado ou interromper a liberação quando o tratamento terminar. “Em princípio, seria possível projetar flores que, ao serem engolidas ou implantadas, entreguem uma dose direcionada de fármacos, façam biópsias ou removam coágulos”, afirmou.
Além da área médica, os pesquisadores vislumbram aplicações em limpeza ambiental — onde o material liberaria agentes descontaminantes na água poluída e depois se dissolveria — e em armazenamento de dados, com potencial para guardar até dois trilhões de gigabytes em apenas uma colher de chá.

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Inspirado em processos como o desabrochar de pétalas e o pulsar de corais, o estudo avança na produção de materiais que sentem, movem-se e se adaptam de forma autônoma, aproximando máquinas de sistemas vivos.
Com informações de Nanowerk