Os principais acionistas da Grindr analisam retirar o aplicativo de encontros LGBTQ+ da bolsa depois que a desvalorização dos papéis desencadeou um aperto financeiro pessoal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo site Semafor.
Raymond Zage, ex-gestor de hedge fund radicado em Cingapura, e James Lu, empreendedor sino-americano que já passou por Amazon e Baidu, compraram a Grindr em 2020 por mais de US$ 600 milhões e levaram a empresa ao mercado em 2022 por meio de uma fusão com uma companhia de propósito específico (SPAC). Juntos, eles detêm mais de 60 % das ações.
Quase todo esse bloco acionário foi oferecido como garantia em empréstimos pessoais contratados junto a uma unidade do fundo soberano de Cingapura, o Temasek. A partir do fim de setembro, a queda das ações tornou as garantias insuficientes para cobrir a dívida; como resultado, a unidade do Temasek confiscou e vendeu parte dos papéis na semana passada.
Apesar da turbulência no mercado, a Grindr apresentou alta de 25 % no lucro do segundo trimestre. Ainda assim, investidores manifestaram preocupação com a redução das margens de lucro e com a recente troca de executivos.

Imagem: Internet
Para recomprar as ações e fechar o capital, Zage e Lu negociam financiamento com a Fortress Investment Group, atualmente controlada pela Mubadala Investment Company, estatal de Abu Dhabi. O acordo em discussão prevê oferta de cerca de US$ 15 por ação, o que avaliaria a Grindr em aproximadamente US$ 3 bilhões. Após a divulgação das negociações, os papéis da empresa subiram.
Com informações de TechCrunch