Dean Hall, desenvolvedor responsável por DayZ e Icarus, afirmou que a Valve deveria receber mais críticas pelo uso de caixas de recompensa pagas (loot boxes) em Counter-Strike 2. Em entrevista ao site Eurogamer, o criador declarou estar “enojado” com sistemas de aposta em jogos eletrônicos e defendeu maior transparência sobre o impacto desse modelo.
“Meu desafio aos estúdios é: se não acham que isso é problema, disponibilizem seus dados para universidades que querem estudar o tema”, disse Hall.
Como funcionam as loot boxes no jogo
Em Counter-Strike 2, as caixas vendidas com dinheiro real podem conter skins de armas ou armaduras que podem ser trocadas ou revendidas por valores igualmente reais. O conteúdo, porém, é aleatório, o que, segundo críticos, aproxima a mecânica de jogos de azar quando usuários compram repetidamente na esperança de obter itens específicos.
Contexto da indústria
Após tentativas de regulação e até proibição, caixas de recompensa perderam espaço no mercado de games, mas não desapareceram. Em 2024, a Activision reintroduziu loot boxes em Overwatch 2, prometendo mais transparência e a garantia de pelo menos um item de raridade Rara ou superior em cada pacote. Já o card game Hearthstone, também da Activision, popularizou o formato em 2014 e enfrentou forte reação negativa à época.
Impacto recente no mercado de Counter-Strike
Na semana passada, uma atualização no Counter-Strike original derrubou o mercado de revenda de itens, eliminando aproximadamente US$ 1,75 bilhão em valor entre vendedores. Paralelamente, o projeto de fãs Counter-Strike: Legacy, que planejava recriar o jogo, pode ser encerrado após questionamentos da própria Valve.
Imagem: Blair Marnell
Hall reforçou que, apesar do sucesso da Valve com a plataforma Steam e a franquia Counter-Strike, práticas que envolvem elementos de aposta “não têm lugar” na indústria de jogos.
Com informações de Gamespot


