A BMW apostou alto no mercado norte-americano de motores a diesel quando lançou o 328d em 2014. Disponível nas versões sedã e perua, o modelo reunia eficiência de combustível, desempenho equilibrado e espaço interno, mas não conquistou o público.
Proposta da BMW
Com a campanha “Diesel’s Back”, veiculada inclusive no Super Bowl de 2014, a marca levou aos Estados Unidos opções a diesel das linhas 3 Series, 5 Series e do utilitário X5. O 328d utilizava um motor 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de entregar 180 cv e 280 lb-ft de torque. Segundo testes da imprensa especializada, a aceleração de 0 a 60 mph era feita em cerca de 7,4 s.
Em um trajeto de 1.500 milhas entre Dallas e Kansas City, o 328d Sedã registrou consumo superior a 40 mpg e autonomia próxima a 700 milhas por tanque. Mesmo em temperaturas de –16 °C (3 °F), o motor acionava sem dificuldades, mantendo o padrão de dirigibilidade associado à marca.
A perua xDrive
A versão Sports Wagon acrescentava tração integral de série, mais de 50 pés cúbicos de capacidade de carga com os bancos rebatidos, trilhos de teto e tampa traseira com abertura dividida. O acerto de suspensão combinava firmeza e conforto, e a direção mantinha feedback considerado raro em veículos modernos.
Problemas de timing
Dois fatores minaram as vendas: o escândalo Dieselgate da Volkswagen em 2015, que abalou a confiança do consumidor nos motores a diesel, e a ascensão dos SUVs. Quem buscava espaço migrava para os X3 ou X5; quem priorizava desempenho preferia as versões a gasolina ou os modelos M. Restou um nicho restrito de entusiastas para a 328d Sports Wagon.
Imagem: Internet
Poucas unidades no mercado de usados
A baixa procura na época torna o modelo pouco comum hoje. Anúncios recentes incluem um exemplar 2015 com 111 milhas percorridas por cerca de US$ 17 mil no Edmunds, e outro 2018 com 71 mil milhas por aproximadamente US$ 21.500 no CarGurus. Muitos acumulam alta quilometragem, reflexo de sua vocação para longas distâncias.
Com informações de BMW Blog


