Pesquisadores liderados pela Washington State University (WSU) apresentaram um processador em escala de chip e matrizes de antenas de cobre impressas em 3D que mantêm desempenho mesmo quando dobradas ou submetidas a vibrações, variações de temperatura, umidade e salinidade. O trabalho, descrito na revista Nature Communications em 20 de outubro de 2025, aponta para futuras aplicações em têxteis inteligentes, drones, aeronaves e veículos espaciais.
O protótipo combina impressão 3D com uma tinta formulada a partir de nanopartículas de cobre, desenvolvida em parceria com a Universidade de Maryland e a Boeing. Segundo o doutorando Sreeni Poolakkal, coautor do estudo, a solução pode reduzir peso e volume de sistemas de comunicação, além de oferecer flexibilidade para integração direta em estruturas como asas de aviões ou roupas.
Um dos desafios de antenas conformáveis é a distorção de sinal causada por deformações físicas. Para resolver o problema, a equipe criou um processador capaz de corrigir, em tempo real, erros gerados pelas mudanças de formato das antenas. “Conseguimos estabilizar o feixe de forma robusta e instantânea, algo que não era viável até então”, afirmou o professor Subhanshu Gupta, da Escola de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da WSU.
Nos testes, uma matriz leve e flexível com quatro antenas conseguiu transmitir e receber dados mesmo durante movimento e flexão. Como cada antena é produzida em formato de azulejo, o projeto permite expansão: quatro matrizes foram unidas, totalizando 16 antenas, todas operando com baixo consumo de energia.

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A equipe destaca que, embora seja um proof of concept, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de sistemas de comunicação resistentes e adaptáveis para setores automotivo, aeronáutico e espacial.
Com informações de Nanowerk