Londres (Reino Unido) – O encerramento de Concord, jogo da Sony retirado do mercado apenas duas semanas após o lançamento, voltou a ser assunto no Parlamento britânico. Durante um debate na Câmara dos Lordes, o caso foi utilizado para defender regras mais rígidas de proteção ao consumidor em produtos digitais.
Parlamentares analisaram o Digital Markets, Competition and Consumers Act 2024. Um dos membros ressaltou que o fracasso repentino de Concord ilustra a necessidade de informar claramente a expectativa de vida útil de um game no momento da compra.
“Onde os distribuidores não deixam transparente a duração de um jogo, devem ser responsabilizados”, declarou o deputado. O ato aprovado este ano obriga empresas a fornecer dados “claros, oportunos e precisos” sobre funcionalidade e longevidade de produtos digitais.
Movimento Stop Killing Games
O debate também mencionou a campanha Stop Killing Games, criada após a Ubisoft desligar os servidores de The Crew. A decisão gerou ações judiciais de consumidores indignados com a perda de acesso.
À frente da discussão, o parlamentar Ben Goldsborough lembrou que jogadores “investem tempo, esforço, imaginação e amizade” além do dinheiro. “Quando um jogo é encerrado sem aviso, esse investimento se perde”, afirmou, argumentando que o tema envolve justiça, responsabilidade e preservação cultural.
Imagem: Blair Marnell Novber
Sem mudanças adicionais na lei
A Câmara dos Comuns divulgou um relatório de pesquisa sobre o assunto. No documento, o Parlamento informa que não há plano de alterar a legislação atual para casos de desligamento de jogos. O texto cita que os consumidores já estão amparados pelo Consumer Rights Act 2015 e pelo próprio Digital Markets, Competition and Consumers Act 2024.
O debate segue sem previsão de novas emendas, mas o uso de Concord como exemplo reforça a pressão de jogadores por maior transparência na indústria.
Com informações de GameSpot
												
												
												
												
				

