Nanomotores inteligentes ampliam resolução e alcance de exames de imagem biomédica

Pesquisadores apresentaram micromotores e nanomotores autônomos capazes de elevar a nitidez, a profundidade e a versatilidade de diversos métodos de imagem biomédica. O avanço foi descrito em uma revisão publicada em 30 de outubro de 2025 na revista Cyborg and Bionic Systems.

Esses sistemas em escala microscópica, conhecidos como micro/nanomotors (MNMs), deslocam-se de forma autônoma quando estimulados por campos magnéticos, luz ou reações químicas. Ao atuar como agentes de contraste “ativos”, concentram sondas em regiões específicas do corpo, gerando sinais mais fortes que os obtidos com substâncias convencionais.

Como os MNMs melhoram cada modalidade

No ultrassom, os motores criam ou aprisionam microbolhas que reforçam o eco acústico, permitindo imagens mais claras em tecidos profundos. Na fluorescência, transportam corantes ou pontos quânticos, aumentando o brilho e reduzindo interferências de fundo para monitoramento em tempo real de processos moleculares.

Para a ressonância magnética, a incorporação de materiais magnéticos, como óxido de ferro ou manganês, intensifica o contraste sem comprometer a biocompatibilidade. Já na fotoacústica, revestimentos de ouro ou outros absorvedores de luz convertem radiação em ondas sonoras mais potentes, estendendo a profundidade de detecção.

Plataformas multimodais e apoio de IA

Segundo o artigo, um único MNM pode combinar diferentes funções de imagem, permitindo observar simultaneamente estrutura e função tecidual. Técnicas de inteligência artificial processam os dados coletados, otimizam a reconstrução de imagens e ajustam a trajetória dos motores com precisão.

Nanomotores inteligentes ampliam resolução e alcance de exames de imagem biomédica - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Desafios e próximos passos

Apesar dos resultados promissores, ainda há obstáculos. A perda de sinal aumenta em tecidos viscosos e o controle exato do movimento se torna mais complexo em maiores profundidades. As equipes planejam aprimorar controlabilidade, biocompatibilidade e capacidade de degradação dos MNMs antes de avançar para testes clínicos.

Os autores acreditam que a integração dessas estruturas móveis tornará a imagem biomédica mais eficaz, menos custosa e acessível, estabelecendo as bases para tecnologias diagnósticas de próxima geração.

Com informações de Nanowerk

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