Futuros de Wall Street avançam após EUA e China firmarem esboço de acordo comercial

Os contratos futuros dos principais índices de ações dos Estados Unidos subiram na noite de domingo (26) depois que autoridades de Washington e Pequim anunciaram ter fechado uma estrutura preliminar para um acordo comercial. O entendimento pode impedir que as tarifas sobre produtos chineses saltem para 157%, ao mesmo tempo em que o mercado aposta em um novo corte de juros pelo Federal Reserve nesta semana.

Às 18h29 (horário de Nova York), os futuros do Dow Jones avançavam 0,65%, os do S&P 500 ganhavam 0,74% e os do Nasdaq subiam 0,92%.

Na sexta-feira (24), o Dow Jones havia encerrado acima de 47.000 pontos pela primeira vez, impulsionado por dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de setembro, que revelaram uma alta de inflação menor que a prevista. O resultado reforçou as apostas de que o banco central norte-americano reduzirá os juros nas reuniões de política monetária que começam nesta terça-feira.

O avanço recente representa uma virada após a forte onda de vendas registrada no início do mês, quando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo se intensificaram.

Encontro entre líderes

O presidente dos EUA, Donald Trump, deve se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, nesta quinta-feira (30) na Coreia do Sul, última etapa da viagem diplomática de Trump pelo Sudeste Asiático.

A relação bilateral se deteriorou depois que Pequim anunciou que restringiria ainda mais as exportações de minerais de terras raras — insumos cruciais para a produção de satélites e dispositivos eletrônicos. Em resposta, Trump ameaçou dobrar, em 100 pontos percentuais, as tarifas já em vigor, o que levou a China a sinalizar retaliações.

Detalhes do esboço

Falando em Kuala Lumpur, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou em um programa de televisão dos EUA que “um quadro substancial” foi alcançado e que a perspectiva é evitar o escalonamento tarifário. Ele indicou ainda que espera algum tipo de adiamento nas restrições chinesas às exportações de terras raras — produto no qual a China detém mais de 90% da produção global refinada.

No sábado (25), Trump mencionou a possibilidade de fazer concessões e disse ver “grande chance” de um acordo “muito abrangente”.

Alívio para o campo

O pacto em negociação também deverá contemplar medidas de apoio a produtores rurais norte-americanos, especialmente os de soja. A China, que em 2024 foi o maior comprador do grão dos EUA (US$ 12,5 bilhões), não realiza aquisições desde maio, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA divulgados no fim de setembro.

A disputa tarifária tem repercussões amplas na economia norte-americana, atingindo desde índices de preços até a renda de agricultores e empresas.

As equipes dos dois países devem finalizar o acordo quando Trump e Xi se encontrarem nesta semana.

Com informações de CNN Business

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