Jerusalém/Estocolmo – A ativista climática sueca Greta Thunberg afirmou a autoridades de seu país que vem sofrendo tratamento severo desde que foi detida pela Marinha de Israel, na quarta-feira (1º), durante a interceptação da Global Sumud Flotilla, que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Relatos de más condições
De acordo com e-mail do Ministério das Relações Exteriores da Suécia enviado a pessoas próximas à ativista e obtido pelo jornal britânico The Guardian, Thunberg disse estar confinada em uma cela “infestada de percevejos”, sem acesso adequado a água e alimentos. A mensagem relata que a jovem apresentou sinais de desidratação e erupções cutâneas que ela atribui à presença dos insetos, além de longos períodos sentada em superfícies duras.
Outro detido afirmou que militares israelenses teriam obrigado Thunberg a posar com bandeiras não identificadas para fotografias.
Interceptação da flotilha
A operação naval israelense interrompeu mais de 40 embarcações com 437 passageiros, entre ativistas, políticos e jornalistas. Além de Thunberg, estavam a bordo o brasileiro Thiago Ávila, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau, Mandla Mandela — neto de Nelson Mandela — e representantes de Brasil, Argentina, México e Espanha.
A flotilha partiu de Barcelona em setembro com o objetivo declarado de romper o bloqueio marítimo imposto por Israel há 16 anos e entregar suprimentos à população de Gaza. As embarcações se aproximaram das águas do enclave no início de outubro, quando foram interceptadas.

Imagem: Internet
Contexto do conflito
Israel mantém um bloqueio naval sobre Gaza e trava guerra contra o Hamas desde 7 de outubro de 2023, data em que um ataque do grupo provocou 1.219 mortes em território israelense, a maioria civis, segundo levantamento da AFP com base em dados oficiais. Em resposta, a ofensiva israelense já resultou em pelo menos 66.225 mortos na Faixa de Gaza, também majoritariamente civis, de acordo com o Ministério da Saúde local, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.
As autoridades suecas informaram que seguirão acompanhando a situação de Thunberg e dos demais cidadãos detidos.
Com informações de UOL






