Fundador da Cluely admite que fama nas redes não garante crescimento sustentável

Roy Lee, criador da startup Cluely, afirmou que a simples exposição viral não assegura expansão de longo prazo. A declaração foi dada no palco do TechCrunch Disrupt 2025, realizado na semana passada.

“Não sei se foi um erro, mas talvez tenhamos lançado cedo demais”, disse Lee, lembrando que o objetivo inicial era colocar no ar um produto “quase funcional” e descobrir os usos a partir dos primeiros usuários.

Lançamento polêmico e foco ajustado

A Cluely chamou atenção em abril com campanhas provocativas que prometiam ajudar pessoas a “colar em tudo”. Lee ganhou notoriedade após ser suspenso da Universidade Columbia por criar uma ferramenta usada em entrevistas de emprego para programadores.

Em junho, a empresa apresentou uma versão corporativa voltada a vendas, suporte ao cliente e tutoria remota. Nesta semana, entretanto, o site foi reformulado para posicionar o serviço como um assistente de inteligência artificial especializado em reuniões, oferecendo inclusive envio automático de e-mails de acompanhamento.

Resultados ainda nebulosos

Questionado sobre vendas e retenção, Lee limitou-se a dizer que o desempenho “está melhor do que o esperado, mas não é o crescimento mais rápido da história”.

O destaque nas redes contribuiu para um aporte Série A de US$ 15 milhões da Andreessen Horowitz em junho. À época, o sócio Bryan Kim afirmou que investiu porque Lee sabia converter audiência em receita.

No lançamento do produto, o fundador divulgou que a receita anual recorrente da Cluely saltou de US$ 3 milhões para US$ 7 milhões em uma semana. Quatro meses depois, ele recua: “Aprendi que nunca se deve compartilhar números de faturamento.”

Segundo Lee, divulgar resultados só traz desvantagens: “Se você vai bem, ninguém comenta. Se vai mal, todos falam.” Mesmo assim, diversos executivos de startups de IA seguem revelando publicamente suas métricas de crescimento.

A trajetória da Cluely sugere que visibilidade nas redes sociais pode ser insuficiente quando o produto não mantém os clientes após o primeiro contato.

Com informações de TechCrunch

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