13 de novembro de 2025 — Equipes da Universidade do Arkansas e da Universidade de Michigan apresentaram o primeiro sensor de temperatura de ultrabaixo consumo energético operado por células solares de grafeno, avanço que abre caminho para dispositivos autônomos sem bateria.
O protótipo combina três conjuntos de células solares de grafeno ligados diretamente a três capacitores de armazenamento. Após poucos minutos de carga, o sistema mantém o sensor em funcionamento por mais de 24 horas, dispensando unidades de gerenciamento de energia e baterias recarregáveis.
De acordo com o professor Paul Thibado, da Universidade do Arkansas, idealizador dos coletores de energia de grafeno, o objetivo é criar sensores multimodais capazes de extrair eletricidade de diversas fontes ambientais — solar, térmica, acústica, cinética, não linear e radiação ambiente — e operar por décadas sem manutenção.
O desafio dos pesquisadores envolveu duas metas principais: reduzir o consumo do sensor ao nível de nanowatts (bilionésimos de watt) e suprir essa demanda com energia captada no ambiente. A equipe liderada por David Blaauw, da Universidade de Michigan, especializada em sistemas embarcados de baixo consumo, concentrou-se na primeira tarefa, enquanto o grupo do Arkansas avançou no desenvolvimento dos coletores de grafeno.
Os resultados demonstram que, ao eliminar baterias, é possível obter dispositivos de longa vida útil e custo de propriedade reduzido. Aplicações previstas incluem monitoramento climático em lavouras, rastreamento de rebanhos, dispositivos vestíveis de saúde, sistemas de alarme predial e manutenção preditiva industrial.

Imagem: Internet
Os pesquisadores planejam agora integrar ao sensor um colhedor de energia cinética baseado nas vibrações do grafeno, formando um sistema verdadeiramente multimodal.
Com informações de Nanowerk







