A Doorstep anunciou nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, uma rodada seed de US$ 8 milhões liderada pela Canaan Partners. O aporte servirá para levar a tecnologia da startup do estágio piloto à produção em larga escala e reforçar as equipes de engenharia e produto.
Fundada por Shashwat Murarka (CEO) e Sheel Patel, a empresa surgiu após Murarka, ainda na faculdade, se irritar com entregas de comida extraviadas ou com motoristas perdidos dentro de edifícios. Ele passou a estudar a cadeia logística, fez entregas por conta própria e decidiu focar no problema do “último trecho” — o interior dos prédios, onde o GPS tradicional falha.
A solução da Doorstep se integra a aplicativos de delivery, como Uber Eats ou DoorDash, e utiliza sensores do smartphone para detectar quando o motorista entra no prédio, sobe no elevador e chega à porta do cliente. Esses dados em tempo real são enviados à plataforma de entrega, permitindo automatizar a resolução de disputas e validar comprovantes de entrega sem depender de fotos borradas.
“Nosso sistema oferece às equipes de suporte a visibilidade que faltava, fornecendo dados verificáveis sobre o que acontece dentro dos edifícios”, afirmou Murarka. Segundo ele, a Doorstep não coleta informações pessoais de motoristas ou usuários e segue os mesmos padrões de privacidade dos aplicativos parceiros.
Além da Canaan, participaram da rodada Antler, Cercano Management, Cassius e Sean Henry, scout da Kleiner Perkins. Murarka contou que conseguiu fechar o investimento em cerca de uma semana e relembrou ter dormido no escritório da aceleradora Antler ao se mudar para Nova York.
Imagem: Internet
A companhia considera como concorrentes principais as soluções baseadas em hardware — sensores fixos em edifícios, armários inteligentes e câmeras —, consideradas caras e de implantação lenta. O GPS, por sua vez, não funciona bem em ambientes internos. A Doorstep afirma operar em todos os estados dos EUA, mas não revela sua base de clientes.
“Queremos eliminar o estresse de uma entrega perdida, reconstruindo a confiança entre plataformas, consumidores e motoristas”, disse o CEO. “Os motoristas são a espinha dorsal dos aplicativos de delivery, e nossa meta é facilitar o trabalho deles.”
Com informações de TechCrunch
