07 de novembro de 2025 – Daegu, Coreia do Sul. Pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia Daegu Gyeongbuk (DGIST) construíram, em escala de wafer, circuitos de memristores com rendimento de 95%, avanço que pode impulsionar o desenvolvimento de chips de inteligência artificial baseados no funcionamento do cérebro humano.
O trabalho, liderado pelo professor Sanghyeon Choi, do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação, alcançou a integração de memristores em um wafer de 4 polegadas sem etapas de fabricação complexas. O estudo foi publicado na revista Nature Communications sob o título “Wafer-scale fabrication of memristive passive crossbar circuits for brain-scale neuromorphic computing”.
Memristores são componentes capazes de armazenar dados e realizar cálculos ao mesmo tempo, característica que permite densidade muito superior à de memórias SRAM tradicionais. Arranjados em formato de crossbar, esses dispositivos podem concentrar dezenas de vezes mais informações na mesma área de silício.
Até agora, a adoção dessa tecnologia era limitada por baixas taxas de sucesso na produção, alto consumo de energia e processos de fabricação delicados. A equipe do DGIST superou esses entraves aplicando uma estratégia de co-design, que sincroniza materiais, dispositivos, circuitos e algoritmos desde o início do desenvolvimento.
Além disso, os pesquisadores empilharam os memristores em uma estrutura tridimensional, facilitando a expansão para sistemas maiores. Testes com uma rede neural de disparo de pulsos (spiking neural network) mostraram desempenho estável e eficiente em tarefas de IA.

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“Este estudo propõe um método para aprimorar a integração de memristores, antes limitada”, declarou o professor Choi, acrescentando que o resultado pode abrir caminho para uma plataforma semicondutora de próxima geração.
Com informações de Nanowerk







