Caio Bonfim conquista ouro na marcha de 20 km e vira maior medalhista do Brasil em Mundiais

São Paulo – Caio Bonfim, 34 anos, garantiu neste sábado (20) a medalha de ouro na prova dos 20 km da marcha atlética no Mundial de Atletismo de 2025, disputado em Tóquio. A vitória foi assegurada na manhã japonesa, ainda noite de sexta-feira (19) no horário de Brasília.

Natural de Sobradinho (DF), o atleta completou o percurso em 1h18min35 e ampliou para quatro o número de pódios em campeonatos mundiais — recorde para um representante brasileiro. Ele já havia levado a prata nos 35 km uma semana antes e soma ainda dois bronzes nos 20 km, obtidos em Londres-2017 e Budapeste-2023.

Com o resultado, Bonfim ultrapassa o velocista Claudinei Quirino, dono de três medalhas (1997 e 1999), e ingressa no seleto grupo de campeões mundiais do país, ao lado de Fabiana Murer (salto com vara, 2011) e Alison dos Santos (400 m com barreiras, 2022).

Prova decidida na estratégia

Durante boa parte do percurso, montado nos arredores do Estádio Nacional do Japão, Bonfim permaneceu no segundo pelotão. Ele assumiu a liderança em breves momentos, recuou para poupar energia e reservou uma arrancada para os dois quilômetros finais.

A disputa mudou quando o japonês Toshikazu Yamanishi, então líder, recebeu dois minutos de penalidade após acumular três infrações por deslizamento (quando ambos os pés deixam o solo simultaneamente). Aproveitando a punição, o brasileiro acelerou e abriu vantagem suficiente para cruzar a linha de chegada isolado.

O pódio foi completado pelo chinês Wang Zhaozhao, segundo colocado em 1h18min43, e pelo espanhol Paul McGrath, terceiro em 1h18min45. Após a chegada, os compatriotas Matheus Corrêa e Max Batista Gonçalves dos Santos ergueram Bonfim nos ombros para celebrar.

“Eu sou o campeão do mundo”

Exausto, o marchador ficou alguns segundos deitado sobre a faixa de chegada antes de se levantar para festejar com o público. “Eu sou o campeão do mundo, não sou o segundo, não”, gritou, emocionado. Em entrevista, explicou a tática: “Quis fazer os primeiros seis quilômetros de forma conservadora e depois pensar numa prova de 14 km. Do 12º para o 13º, virei primeiro, depois caí para oitavo, sétimo, e fui crescendo. Foi um Mundial de resiliência: não desiste, mais uma volta. Deu certo”.

Além do ouro de Bonfim, o Brasil faturou outra medalha em Tóquio: Alison dos Santos ficou com a prata nos 400 m com barreiras na noite japonesa de sexta-feira (19).

Com informações de Folha de S.Paulo

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