O meia-atacante Ousmane Dembélé chega à cerimônia da Bola de Ouro, marcada para esta segunda-feira (30) no Teatro do Châtelet, em Paris, como principal favorito ao prêmio da revista France Football. O jogador de 28 anos foi peça-chave na campanha que rendeu ao Paris Saint-Germain seu primeiro título da Liga dos Campeões e já superou marcas que Neymar não atingiu pelo clube francês.
Na lista de 30 indicados, o PSG emplacou nove nomes: Donnarumma, Hakimi, Nuno Mendes, Vitinha, João Neves, Fabián Ruiz, Desiré Doué, Kvaratskhelia e o próprio Dembélé. Os principais adversários do francês na votação são Lamine Yamal e Raphinha, ambos do Barcelona, além de Mohamed Salah (Liverpool), Kylian Mbappé (Real Madrid) e Cole Palmer (Chelsea).
Temporada decisiva
Contratado por 50 milhões de euros — valor da cláusula rescisória paga ao Barcelona —, Dembélé adaptou-se rapidamente ao esquema de Luís Enrique. Em 2023/2024, o francês anotou oito gols e distribuiu seis assistências em 15 partidas da Champions, números que lhe renderam o prêmio de melhor jogador da competição pela Uefa. No total da temporada, foram 35 gols e 16 assistências em 53 jogos.
Além da Liga dos Campeões, o PSG levou Campeonato Francês, Copa da França, Supercopa da França e Supercopa da Uefa. O desempenho contrasta com a temporada anterior, quando Dembélé registrou seis gols e 14 assistências em 42 partidas.
Comparações com Neymar
Neymar chegou mais perto da Bola de Ouro em 2017, terminando em terceiro lugar graças à performance ainda pelo Barcelona. No PSG, o brasileiro ficou em 12º (2018) e 16º (2021) e não figurou entre os finalistas nos demais anos, prejudicado por lesões frequentes.
Imagem: Tiago Le
Para o torcedor parisiense Jean Marc Perrin, o sucesso do atual camisa 10 se deve ao encaixe coletivo. “Dembélé se dedicou muito e conquistou a Champions, o troféu que todos em Paris sonhavam”, afirmou.
Votação
O último vencedor da Bola de Ouro foi o espanhol Rodri, então no Manchester City, que superou Vinícius Júnior (Real Madrid) em uma eleição realizada por jornalistas de 100 países com melhor posição no ranking da Fifa. Desde 2016, a premiação ocorre separada do Fifa The Best.
Com informações de Estadão
