Nanorrobôs convertem células-tronco em células ósseas com estímulo mecânico de alta precisão

Pela primeira vez, cientistas da Universidade Técnica de Munique (TUM) demonstraram que nanorrobôs podem induzir, de forma controlada, a transformação de células-tronco humanas em células ósseas. O resultado foi obtido em experimento descrito em 11 de novembro de 2025 na revista Small Science.

Como funciona

Os nanorrobôs são formados por minúsculas hastes de ouro ligadas a cadeias plásticas. Milhões dessas estruturas ficam suspensas em um microgel de 60 micrômetros que contém algumas células-tronco mesenquimais humanas. Movidos e orientados por pulsos de laser, os robôs aplicam pressão em pontos específicos da parede celular.

“Aquecemos o gel localmente e controlamos com exatidão a força exercida sobre a célula”, explicou a professora Berna Özkale Edelmann, responsável pelo Laboratório de Bioengenharia Microbiótica da TUM. O estímulo mecânico altera canais iônicos e ativa proteínas essenciais para a formação de tecido ósseo.

Ritmo e intensidade sob medida

Segundo a equipe, quando o estresse é aplicado em ritmo e intensidade ideais, a célula-tronco inicia o processo de diferenciação em apenas três dias, concluindo-se em cerca de três semanas. Padrões similares de pressão estão sendo testados para originar células de cartilagem e células cardíacas.

Próximos passos

Para uso clínico serão necessárias aproximadamente um milhão de células diferenciadas por tratamento. “Nosso desafio agora é automatizar a produção para aumentar a escala e acelerar o processo”, afirmou Özkale Edelmann.

Com informações de Nanowerk

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