PARIS, 6 de outubro de 2025 – O primeiro-ministro da França, Sebastien Lecornu, entregou o cargo nesta segunda-feira (6) apenas 27 dias depois de ter sido nomeado, estendendo a crise política no país.
A decisão foi anunciada poucas horas depois de Lecornu apresentar a composição de seu gabinete, que sobreviveu por apenas 14 horas – o período mais curto de um governo na história francesa recente.
A renúncia aconteceu em meio a ameaças de votos de desconfiança tanto de aliados quanto de adversários. O partido de extrema-direita Reunião Nacional exigiu do presidente Emmanuel Macron a convocação imediata de eleições parlamentares. Já o movimento de extrema-esquerda França Insubmissa defendeu que o próprio presidente deixasse o Palácio do Eliseu.
Lecornu era o quinto chefe de governo indicado por Macron em dois anos. Ao anunciar sua saída, declarou que não havia condições mínimas para governar e culpou “egos” da oposição por manterem posições inflexíveis enquanto integrantes da coalizão minoritária, segundo ele, estariam focados em ambições presidenciais.
“Não se pode ser primeiro-ministro quando as condições não são atendidas”, afirmou. “É preciso colocar o país acima do partido.”

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A turbulência ocorre num momento em que a Assembleia Nacional está fragmentada e a segunda maior economia da zona do euro enfrenta dificuldades para equilibrar as contas públicas.
Com informações de UOL Notícias / Reuters