Um passeio guiado pelo Petersen Automotive Museum, em Los Angeles, expôs novos detalhes do BMW Turbo, conceito de 1972 que serviu de base para o futuro M1. A apresentação foi conduzida por Tom Plucinsky, chefe da BMW Group Classic nos Estados Unidos.
Primeiro BMW com ABS e foco em segurança
Conhecido internamente como E25, o cupê foi o primeiro automóvel da marca a utilizar freios ABS. O protótipo incluía ainda seções dianteira e traseira preenchidas com espuma para absorver impactos, sistema que impedia a partida sem o cinto afivelado e um primitivo alerta de proximidade por radar, com indicador no painel para avisar se haveria espaço para frear antes de uma colisão.
Design pensado no motorista
Assinado por Paul Bracq, o esportivo traz portas tipo asa de gaivota, aerofólio traseiro removível e bocal de abastecimento escondido sob uma tampa no capô, do lado do passageiro. O painel inclinado para o condutor permitia alcançar todos os comandos sem se inclinar, solução posteriormente adotada pelo Série 3 (E21) em 1975.
Motor turbo de até 280 cv
Na traseira, o modelo abriga um motor 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de entregar entre 200 cv e 280 cv, dependendo da pressão do turbo. Ligado a um câmbio manual de quatro marchas, o conjunto levava o carro de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos e chegava a 250 km/h. Com 4.155 mm de comprimento e peso de 1.272 kg, o conceito é menor que a primeira geração do Série 1.
Projetado para a Olimpíada de Munique
Criado para chamar atenção durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, o BMW Turbo também demonstrava que era possível integrar estruturas de absorção de impacto sem comprometer o desenho. O veículo contava com amortecedores hidráulicos nas extremidades e coluna de direção colapsável com três juntas cardã.

Imagem: Internet
O sucesso do protótipo influenciou diretamente o lançamento do BMW M1 em 1978. Desde então, a marca ainda não apresentou um superesportivo de produção equivalente; tentativas mais recentes, como o Vision M Next, foram canceladas devido à pandemia de covid-19 e aos altos custos de desenvolvimento.
Com informações de BMW Blog






