A BMW informou que os veículos da família Neue Klasse, prevista para chegar ao mercado a partir de 2025, não utilizarão fibra de carbono em grande escala. A decisão contrasta com iniciativas adotadas em modelos anteriores, como o hatch elétrico i3 (2013), o cupê híbrido i8, a geração passada do Série 7 e o utilitário elétrico iX.
Segundo a montadora, a fibra de carbono pode reduzir o peso de um componente em 20% a 30% em comparação ao alumínio e em até 50% em relação ao aço. Apesar de tais benefícios, o material não deverá ser amplamente aplicado na Neue Klasse. O grupo lembra que, em 2017, vendeu sua participação de 49% na joint venture SGL Automotive Carbon Fiber, mantendo apenas 18,3% das ações da SGL Carbon. O aumento dos custos de energia é citado como um dos fatores que inviabilizam o uso maciço do composto.
Como alternativa, a BMW planeja empregar compósitos de fibras naturais, feitos a partir de linho. De acordo com a empresa, as peças desenvolvidas com essa tecnologia podem cortar até 40% das emissões de CO₂e em relação a um teto de fibra de carbono.
O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com a suíça Bcomp, especializada em soluções de base biológica e da qual a BMW é acionista. A aplicação já foi demonstrada no teto e no difusor de um M4 da geração atual, mas a fabricante afirma que somente em modelos futuros — possivelmente incluindo versões M e configurações regulares — os compósitos de fibras naturais serão adotados tanto na carroceria quanto no interior.
Imagem: Internet
O uso pontual de fibra de carbono continuará em peças específicas, como acontece hoje em veículos da divisão M e em itens do catálogo M Performance, mas a estratégia de produção em massa da Neue Klasse focará em materiais mais sustentáveis.
Com informações de BMWBlog
