Luiz Eduardo Baptista, o “Bap”, presidente do Flamengo, defende que o clube receba uma participação de direitos de transmissão bem acima do teto de três vezes em relação aos times de menor torcida na futura liga do Campeonato Brasileiro.
A posição foi manifestada durante discussões sobre o modelo de divisão de receitas da nova liga. Bap considera ofensivo limitar o Flamengo a um valor triplo, argumentando que o clube seria “muito maior” do que as equipes de menor expressão.
O dirigente compara o potencial de arrecadação do Flamengo ao de grandes marcas internacionais e diz que a agremiação não aceitará um acordo que considere desigual. Para ele, o “tamanho de mercado” deve ser o principal critério de distribuição.
Comparação com ligas europeias
Em campeonatos como a Premier League, na Inglaterra, e a La Liga, na Espanha, a diferença de receitas entre o clube que mais recebe e o que menos recebe não ultrapassa cerca de 3,5 vezes. Nos dois casos, parte da verba é repartida igualmente para equilibrar a competição.
Especialistas lembram que o modelo europeu procura preservar o conjunto da liga, evitando que times menores sejam financeiramente sufocados. Segundo eles, a proposta de Bap poderia ampliar a distância entre grandes e pequenos no futebol brasileiro.
Reações dentro do país
Outros dirigentes, como Leila Pereira, presidente do Palmeiras, têm declarado preferência por um formato mais equilibrado, semelhante ao adotado na Europa. O objetivo seria fortalecer a liga como um todo e tornar o campeonato mais competitivo.

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Bap, contudo, sustenta que clubes com maior audiência e alcance de torcida devem receber parcelas proporcionais a esse peso, mesmo que o resultado supere o triplo previsto em propostas iniciais.
As negociações sobre o estatuto da liga e a divisão das cotas de TV seguem sem definição oficial. Dirigentes pretendem votar o modelo final antes do início da próxima temporada.
Com informações de UOL