São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou neste sábado, 20 de setembro de 2025, o início do processo de rescisão do contrato com a organização social Sustenidos, responsável pela gestão do Complexo Theatro Municipal desde 2021.
Motivos apontados pelo prefeito
De acordo com Nunes, a decisão foi tomada por três razões principais:
- notificações reiteradas do Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre irregularidades no convênio desde 2023;
- pedido formal de 28 vereadores para encerrar a parceria;
- recusa da Sustenidos em demitir o funcionário Pedro Guida, autor de uma publicação em rede social considerada incentivo à violência após o assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, em 10 de setembro, nos Estados Unidos.
“Solicitamos a demissão do colaborador, não fomos atendidos e quem pactua com violência não pode prestar serviço à Prefeitura”, afirmou o prefeito.
Determinação do TCM e próximos passos
Na sexta-feira, 19 de setembro, o TCM enviou ofício à Prefeitura exigindo explicações, em até 48 horas, sobre a abertura de novo chamamento público para escolher a futura gestora do complexo cultural. Nunes adiantou que será firmado um contrato emergencial para assegurar a continuidade das atividades até a conclusão da licitação.
A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e a Fundação Theatro Municipal informaram, em nota conjunta, que conduzem a rescisão conforme a legislação e que um Plano de Desmobilização garantirá o funcionamento dos espetáculos durante a transição.
Imagem: Internet
Histórico do contrato
Firmado em 2021, o acordo entre a Fundação Theatro Municipal e a Sustenidos previa repasse de R$ 565,3 milhões por cinco anos. Desde a licitação, o TCM apontou falhas na pontuação atribuída à entidade vencedora, falta de comprovação de experiência mínima de integrantes e problemas na exequibilidade orçamentária. Relatórios internos também registraram descumprimento de metas pactuadas.
A Sustenidos não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. O g1 tenta contato com Pedro Guida.
Com informações de G1
