O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou no Brasil nesta quinta-feira (25/9/2025) avaliando como vitoriosa a agenda internacional que, segundo sua própria equipe, envolvia riscos políticos e diplomáticos.
Encontro relâmpago com Donald Trump
O ponto alto, relatam assessores, foi a conversa rápida com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após a reunião, o mandatário norte-americano declarou ter havido “ótima química” entre os dois. Integrantes do Palácio do Planalto acreditam que a declaração irritou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), adversário político de Lula.
Discurso na Assembleia-Geral da ONU
Outro destaque para o governo foi a fala de Lula na abertura da 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas. Veículos de imprensa estrangeiros classificaram o discurso como “duro” e “importante”, avaliação comemorada pela comitiva brasileira.
Reunião de líderes de esquerda
Lula também participou de um encontro com chefes de Estado e dirigentes de partidos progressistas para defender a democracia e combater extremismos. Para auxiliares, a iniciativa reforçou a imagem do presidente como referência da esquerda global, sem impedir o diálogo com lideranças conservadoras.
Próximo passo: reunião ampliada com Trump
Antes de embarcar de volta, Lula afirmou estar “totalmente interessado” em uma conversa mais longa com Trump. Ele ressaltou que apenas democracia e soberania são temas inegociáveis; todo o restante, disse, pode ser colocado à mesa. O presidente brasileiro revelou preferência por um encontro presencial, diferentemente da sugestão inicial de assessores, que cogitavam videoconferência para evitar eventuais constrangimentos.
Questionado sobre o risco de situações desconfortáveis, Lula respondeu com humor: “Somos dois homens de 80 anos; eu vou respeitá-lo e ele vai me respeitar. Somos dois jovens com muita energia”.

Imagem: Valdo Cruz
Tarifas de importação
Lula comentou ainda as tarifas norte-americanas que afetam produtos brasileiros. Embora compreenda a defesa da economia dos EUA, o presidente considera que as medidas apresentam falhas e precisam ser revisadas no caso do Brasil.
Com a recepção positiva do giro internacional, aliados creditam à viagem o fortalecimento da imagem de Lula tanto no campo progressista quanto no diálogo com governos de direita.
Com informações de G1







