Agustín Daniel Rossi viverá noite especial nesta quinta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), quando defenderá o Flamengo diante do Estudiantes, no estádio Jorge Luis Hirschi, em La Plata, pelo duelo decisivo das quartas de final da Conmebol Libertadores. Antes de se firmar como titular rubro-negro, o argentino de 29 anos trilhou caminho pouco comum entre traves, cestas e até a área adversária.
Primeiros passos entre a bola laranja e a bola pesada
Nascido em Buenos Aires, Rossi alternava as aulas de futebol em San Andrés com partidas de basquete. A convivência com o garrafão, segundo o próprio atleta, aperfeiçoou o tempo de reação em cruzamentos e os lançamentos longos, habilidades que hoje o destacam na meta do Flamengo.
Do meio-campo ao gol
No Chacarita Juniors, onde chegou por intermédio do amigo da família e técnico Daniel Leani, o garoto começou atuando como volante e, em seguida, testou a posição de centroavante. A facilidade para ganhar bolas aéreas chamava atenção, e havia até plano para escalá-lo como camisa 9 em jogo das categorias de base — ideia abortada quando o atacante titular se recuperou de lesão.
Aos 11, Rossi decidiu abandonar a linha: pediu para ser goleiro e não voltou mais a jogar fora da área. A estatura elevada e a personalidade competitiva foram apontadas por Leani como diferenciais desde cedo.
Trajetória profissional
Revelado pelo Chacarita, o goleiro foi comprado pelo Estudiantes em 2015, aos 19 anos, para ser terceira opção. Disputou apenas três partidas ao longo de três temporadas e foi emprestado ao Defensa y Justicia, onde conquistou a titularidade e ganhou rodagem na elite argentina.
O desempenho chamou a atenção do Boca Juniors. Negociado com o clube de La Bombonera, Rossi conquistou três títulos nacionais, duas Copas da Liga Argentina e uma Copa da Argentina. Também rodou por Antofagasta, do Chile, e Lanús, além de ter sido convocado por Lionel Scaloni em 2021 sem chegar a atuar.

Imagem: Internet
Acerto com o Flamengo
Em 2023, Marcos Braz e Bruno Spindel viajaram a Buenos Aires para tentar a liberação imediata do goleiro, que estava na reta final de contrato com o Boca. Sem acordo com Juan Román Riquelme, Rossi assinou pré-contrato com o Flamengo em um hotel da capital argentina, ainda em janeiro. Antes de se apresentar, foi emprestado ao Al-Nassr, da Arábia Saudita.
No Rio de Janeiro desde julho de 2023, o arqueiro assumiu a camisa 1 e contabiliza 124 partidas oficiais, além de quatro taças: Campeonato Carioca (2024 e 2025), Copa do Brasil (2024) e Supercopa do Brasil (2025).
Agora, diante do Estudiantes — clube que lhe abriu as portas na primeira divisão — Rossi reencontra parte de sua história enquanto busca levar o Flamengo à semifinal da Libertadores.
Com informações de ge.globo.com







