O Hamas solicitou nesta quarta-feira, 8 de outubro de 2025, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os países que participaram das negociações assegurem que Israel cumpra todos os termos do acordo de paz anunciado para a Faixa de Gaza.
Em carta divulgada no Telegram, o grupo agradeceu a Catar, Egito, Turquia e demais nações envolvidas no processo e pediu pressão internacional para impedir “qualquer tentativa de adiamento ou descumprimento” por parte do governo israelense.
Troca de prisioneiros
Pelo acerto, cerca de 20 reféns israelenses — todos homens, a maioria com menos de 30 anos e pelo menos nove com dupla nacionalidade — devem ser libertados em troca de 2.000 palestinos detidos em prisões israelenses. O Hamas informou que a relação de presos segue “critérios e números acordados”.
A troca deverá ocorrer até 72 horas após o início da implementação do pacto. De acordo com a AFP, os palestinos a serem soltos incluem condenados à prisão perpétua e detidos desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023.
Pronunciamentos de Trump e Netanyahu
Ao anunciar o entendimento em sua rede Truth Social, Trump declarou que “todos os reféns serão libertados” e que Israel retirará tropas. O presidente norte-americano agradeceu aos mediadores e classificou o dia como “histórico e sem precedentes” para o Oriente Médio.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que convocará o governo para ratificar o documento. Também via Telegram, ele chamou o acordo de “grande dia para Israel” e agradeceu às Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Trump pelo “compromisso com a missão sagrada de libertar os reféns”.
Imagem: Internet
Assinatura no Cairo
O texto deverá ser formalizado nesta quinta-feira (9) no Cairo, capital do Egito. Segundo o porta-voz da chancelaria catari, Majed Al Ansari, os mediadores anunciarão posteriormente os detalhes da primeira fase, que inclui cessar-fogo, libertação de reféns e entrada de ajuda humanitária.
Possível viagem de Trump
Mais cedo, Trump afirmou a jornalistas na Casa Branca que poderá viajar ao Oriente Médio no fim de semana para acompanhar os desdobramentos. “Nada parecido aconteceu antes”, comentou, indicando que a partida pode ocorrer no sábado ou domingo.
O estado de saúde dos 20 reféns mantidos pelo Hamas permanece incerto; em casos anteriores, detidos dados como vivos foram devolvidos sem vida a Israel.
Com informações de UOL Notícias
