Nova York (16.out.2025) – A Electronic Frontier Foundation (EFF) ingressou nesta quinta-feira, 16, com uma ação na Justiça contra o governo Donald Trump, acusando-o de monitorar em larga escala as redes sociais de estrangeiros que vivem legalmente nos Estados Unidos.
A ação, movida na Corte Distrital do Sul de Nova York, sustenta que autoridades utilizam ferramentas de inteligência artificial e outros métodos para vigiar praticamente todos os não cidadãos com visto válido, além de muitos portadores de green card. Segundo a entidade, o objetivo seria identificar publicações que expressem opiniões contrárias às posições do governo.
De acordo com o processo, estariam na mira postagens que:
- Critiquem a cultura norte-americana ou o governo dos EUA;
- Demonstrem apoio antissemita ou pró-Palestina, inclusive em protestos universitários;
- Relativizem ou façam piadas sobre o assassinato de Charlie Kirk;
- Apontem críticas à administração Trump ou às suas ações.
A EFF afirma ainda que estrangeiros estariam sendo ameaçados com punições como cancelamento de visto e detenção migratória. Como evidência, o processo cita publicações da conta oficial do Departamento de Estado na rede X (antigo Twitter), incluindo um tópico fixado que lista vistos revogados devido a comentários sobre Charlie Kirk.
Em uma das mensagens, o órgão declara: “Os Estados Unidos não têm obrigação de hospedar estrangeiros que desejam a morte de americanos. O Departamento de Estado continua identificando portadores de visto que celebraram o hediondo assassinato de Charlie Kirk. Aqui estão alguns exemplos de estrangeiros que já não são bem-vindos no país”. A postagem é datada de 14 de outubro de 2025.

Imagem: Internet
O processo foi apresentado em nome dos sindicatos de metalúrgicos (auto union), professores (teachers union) e trabalhadores das comunicações (communication workers union). As entidades alegam que tanto a vigilância baseada em pontos de vista quanto as punições impostas configuram violação ilegal da liberdade de expressão de seus filiados.
A íntegra da petição foi disponibilizada pela EFF.
Com informações de TechCrunch







