Ghost of Yotei, exclusivo para PlayStation 5, utiliza a vingança como ponto de partida, mas logo introduz temas de superação emocional, explicaram o diretor criativo Jason Connell e o roteirista principal Ian Ryan em entrevista ao site GameSpot.
Vingança como “gancho” narrativo
Segundo Connell, a decisão de começar a trama com um desejo de revanche surgiu da necessidade de oferecer “um gancho narrativo simples” que mantivesse jogadores engajados em um mundo aberto extenso. “Vimos pessoas jogarem 40 ou 50 horas sem chegarem ao segundo membro dos Yotei Six. Isso é intencional, por isso precisávamos de um objetivo claro que impulsionasse o jogador”, afirmou.
O diretor lembrou que a equipe se inspirou em filmes de samurai e que a temática da vingança ajuda a criar identificação imediata. “É algo visceral, fácil de entender logo no início”, disse.
Da fúria à cura
Para Ryan, a vingança representa o ponto de partida da protagonista Atsu, mas não define toda a experiência. “Queríamos plantar esse fogo no jogador, criar conexão com Atsu, mas permitir que explorar o mundo e fazer missões secundárias fosse, em si, um processo de cura”, explicou.
O roteirista destacou ainda que a estrutura de mundo aberto de Ghost of Yotei possibilita que o usuário se afaste da missão principal por longos períodos. “Mesmo que a pessoa deixe a quest de vingança de lado por 30 horas, essas outras atividades funcionam como parte da jornada de superação da personagem”, acrescentou.
Imagem: Darryn Bthuys
Vilões e ambientação
Além de revelarem detalhes sobre a construção do enredo, Connell e Ryan comentaram como o grupo de antagonistas Yotei Six, liderado por Lord Saito, foi pensado para reforçar o arco emocional de Atsu. Ambientado na região feudal de Ezo, o jogo contrasta “beleza incomparável” com momentos de violência, reforçando o conflito interno da protagonista.
Ghost of Yotei já está disponível para PlayStation 5.
Com informações de GameSpot
