Imagens inéditas do sistema de monitoramento de Praia Grande, no litoral de São Paulo, detalham a emboscada que resultou na morte de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista e então secretário de Administração da prefeitura. Os vídeos foram exibidos no domingo (21) pelo programa Fantástico, da TV Globo.
Emboscada após o expediente
Fontes deixou o Paço Municipal às 18h13 de segunda-feira (15), depois de passar pela catraca interna e entrar em seu veículo. Câmeras registraram uma caminhonete preta parada próximo ao prédio e, a cerca de dois quilômetros, um Logan branco posicionado para a fuga.
O Logan acompanhou o carro do ex-delegado à distância. Na esquina seguinte, uma SUV preta aguardava. Ao reduzir a velocidade para fazer a curva, Fontes foi atingido por disparos de fuzil.
Perseguição, colisão e tiros finais
Mesmo ferido, o ex-delegado tentou escapar, mas colidiu com um ônibus e capotou. Três homens desceram dos veículos dos criminosos: dois avançaram e atiraram contra o carro capotado enquanto o terceiro fazia a cobertura. Toda a ação durou menos de 40 segundos.
A caminhonete utilizada no ataque foi incendiada pouco depois. O Logan branco foi visto pela última vez às 18h21 em um dos acessos à rodovia.
Rastreamento pelas câmeras
Com mais de 3 mil câmeras instaladas, Praia Grande permitiu à polícia reconstituir os movimentos dos suspeitos. Segundo a investigação, o Logan circulava pela cidade havia semanas, sempre nos dias em que Fontes comparecia à prefeitura.
Durante a fuga, os criminosos ainda tentaram abrir as portas de um carro previamente estacionado, mas desistiram e seguiram em outros veículos. Impressões digitais foram encontradas nesse automóvel e em uma casa apontada como base do grupo.

Imagem: Internet
Prisões e hipóteses de motivação
Quatro pessoas já foram presas. Outros três suspeitos continuam foragidos. A polícia trabalha com duas linhas de investigação: possíveis conflitos relacionados à atuação de Fontes na Secretaria de Administração e a hipótese de vingança do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A defesa de Willian Marques, proprietário da casa em Praia Grande vinculada ao caso, afirmou ter sido surpreendida pela prisão e declarou disposição para colaborar. O advogado de Rafael Dias Simões negou envolvimento do cliente. Não houve retorno das equipes jurídicas de Daeshly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos Batista.
As buscas pelos foragidos e pela motivação definitiva da execução prosseguem.
Com informações de G1







