Mastodon anunciou nesta sexta-feira (19) um novo modelo de negócios: serviços pagos de hospedagem, moderação e suporte técnico para entidades interessadas em operar seus próprios servidores na rede social descentralizada.
A iniciativa marca a primeira grande fonte de receita além de doações e subsídios, tradicionais sustentáculos da entidade sem fins lucrativos responsável pelo software.
Como vai funcionar
Organizações poderão optar por:
- Hospedagem gerenciada: a equipe do Mastodon cuida da infraestrutura e, se desejado, também da moderação;
- Contratos de suporte: voltados a instituições que já tenham área de TI, mas necessitem de ajuda para administração e manutenção do servidor.
Segundo o Mastodon, os servidores oferecidos destinam-se a contas institucionais ou de marcas, sem inscrição aberta ao público em geral. Cada cliente definirá suas próprias regras e políticas.
Modelo de cobrança flexível
A organização não divulgou preços. O faturamento será personalizado conforme os serviços escolhidos — hospedagem, suporte e moderação.
Projetos-piloto já em operação
Antes do lançamento oficial, a solução foi testada com parceiros como a Comissão Europeia, o estado de Schleswig-Holstein (Alemanha), a cidade de Blois (França) e a desenvolvedora AltStore. Esses contratos criaram uma fonte de receita mais previsível em comparação às contribuições via Patreon.

Imagem: Internet
Complemento, não substituição
O Mastodon reforça que a meta é diversificar a arrecadação, mantendo doações, bolsas e venda eventual de produtos. O servidor público mastodon.social continuará ativo como porta de entrada para novos usuários do fediverso.
“Estamos empolgados em expandir nossos serviços para organizações que compartilham a visão de uma web social livre, aberta e descentralizada”, declarou o diretor financeiro Felix Hlatky, em nota. “Essas ofertas garantirão estabilidade financeira à equipe ao mesmo tempo em que preservam um ecossistema comunitário e resiliente.”
O Mastodon utiliza o protocolo ActivityPub, que também conecta aplicações como Threads, Pixelfed, PeerTube, Misskey e Lemmy, além de integrações em plataformas como WordPress, Ghost e Drupal.
Com informações de TechCrunch







