O analista político da Fox News, Brit Hume, foi alvo de críticas rápidas e contundentes após publicar, em 18 de outubro de 2025, uma avaliação sobre os protestos “No Kings” realizados em várias cidades dos Estados Unidos contra políticas do ex-presidente Donald Trump.
Em postagem nas redes sociais, Hume afirmou que as manifestações eram “principalmente um protesto contra um homem que buscou o poder três vezes por meio de eleições democráticas e aprovou sua principal agenda com votos majoritários de parlamentares também eleitos democraticamente”. O jornalista encerrou o comentário com ironia: “Some king”.
A publicação gerou reações imediatas. O ex-deputado republicano Adam Kinzinger, crítico frequente de Trump, respondeu: “Come on. Você sabe o que isso significa. Claro que ele não é um rei literal porque não deixamos que seja”. Kinzinger lembrou a tentativa de Trump de reverter o resultado eleitoral, os perdões concedidos a centenas de condenados e a influência sobre o Congresso, além de mencionar supostos privilégios como um jato avaliado em US$ 400 milhões.
Outros comentaristas reforçaram a crítica ao argumento de Hume. O cientista político Norman Ornstein citou ações executivas e o que classificou como “campanha aberta de retaliação” do Departamento de Justiça. O jornalista esportivo Rick Reilly acusou Trump de “driblar o Congresso” em tarifas e de “forjar emergências” para enviar tropas federais a cidades americanas.
Mensagens similares vieram da ex-conselheira da Casa Branca Neera Tanden, que comparou o caso às primeiras eleições vencidas por Vladimir Putin, e de usuários que lembraram o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, investigações criminais em curso e a sugestão de um terceiro mandato. Comentários como “Bullshit, Brit” e “Está esquecendo algo?” foram replicados milhares de vezes, indicando amplo desacordo com a leitura de Hume.
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Até o momento, Hume não respondeu publicamente às críticas. As manifestações “No Kings” seguiram sendo organizadas por grupos que dizem temer o enfraquecimento das instituições democráticas durante um eventual segundo mandato de Trump.
Com informações de HuffPost
